15 de Maio, Dia do/a Assistente Social

Parabéns aos/às 180 mil Assistentes Sociais brasileiros/as, em especial aos 3 mil Assistentes Sociais Sergipanos/as. Esses/as profissionais têm como locus privilegiado de trabalho as políticas públicas, onde pautam sua intervenção na viabilização do acesso da população aos direitos sociais, sempre fundamentados/as pelos princípios éticos de defesa da ampliação da cidadania e das liberdades democráticas no país.

Como trabalhadores/as que atuam diretamente nas políticas públicas, estes/as profissionais têm sofrido diretamente com os rebatimentos do projeto ultraliberal e neoconservador em curso no Brasil, desde o golpe que destitui a presidenta Dilma Rousseff e que se consolidou com a gestão de Bolsonaro, e agora se aprofunda com a crise sanitária, social e econômica que o país atravessa.

Entre os rebatimentos desse projeto ultraliberal nefasto instalado na Presidência da República, estão o aumento do desemprego, da extrema pobreza, da violência e do sucateamento dos serviços públicos, através das contrarreformas e do corte dos investimentos nas políticas públicas, a exemplo do Sistema Único da Saúde (SUS), do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) e da previdência Social.

Os cortes nos investimentos públicos ocasiona a desassistência à população, principalmente aos setores mais vulneráveis da sociedade: mulheres, crianças/adolescentes, idosos, entre outros.. Além disso, o desfinanciamento tem massacrado os/as trabalhadoras/es das políticas públicas, entre eles os/as profissionais de Serviço Social, que vivem uma realidade de precarização, com péssimas condições de trabalho, vínculos empregatícios fragilizados e baixíssimos salários. Essa realidade de precarização se agravou com a pandemia, em que os/as Assistentes Sociais que atuam no SUS e no SUAS - políticas essenciais para enfrentar o COVID-19 e para proteger o povo, e muitas vezes estão na linha de frente - não tem acesso a EPI´s suficientes, estão sobrecarregados, não dispõe de apoio institucional e, muitas vezes, estão entre as vítimas fatais do COVID-19.

Mesmo diante de um período tenebroso e de incertezas, com o avanço do COVID-19 no país, 212 mil infectados e mais 14.453 mortes, e em Sergipe com 2.494 casos confirmados e 47 mortes, e do aprofundamento das desigualdades sociais, a categoria de Assistente Social celebra o dia 15 de maio para reafirmar a sua luta em defesa da classe trabalhadora, das liberdades democráticas, da universalização do acesso às políticas públicas e da valorização profissional.

Porque dia 15 de maio é dia de luta, é dia de homenagear os/as Assistentes Sociais pela luta diária no cotidiano de trabalho e por sua luta em defesa da emancipação humana, e também, de homenagear a luta da classe trabalhadora e a memória daqueles/as que perderam suas vidas para o COVID. Vidas importam SIM, continuaremos lutando !

Itanamara Guedes Cavalcante
*Assistente social, presidente da Federação dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Sergipe (FETAM/SE) e Diretora de Políticas Sociais da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT/SE)