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1º Encontro dos Sindicatos de Músicos do Brasil discute direitos trabalhistas

Publicado: 04 Novembro, 2024 - 16h26 | Última modificação: 04 Novembro, 2024 - 16h45

Escrito por: Iracema Corso

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Dois dias de importantes debates em âmbito internacional serviram para o fortalecimento da luta dos trabalhadores da música no Brasil.

O SINDMUSE (Sindicato dos Trabalhadores da Música de Sergipe) esteve presente e contribuiu com os debates do 1º Esmub (Encontro dos Sindicatos de Músicos do Brasil), realizado por sindicatos brasileiros e pela Federação Internacional de Músicos, na cidade do Rio de Janeiro.

O 1º Esmub contou com a presença de sindicatos de músicos do Ceará, Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Norte.

Tonico Saraiva, presidente do SINDMUSE, reforçou a importância da filiação dos músicos profissionais ao sindicato que luta pela garantia de direitos da categoria.

O alerta para a necessidade de filiação e fortalecimento dos sindicatos de músicos também foi ressaltado por John Acosta, coordenador regional da Federação Internacional dos Músicos. “Olá músicos de Sergipe, uma saudação grande aos filiados ao sindicato. O sindicato é nossa força. Se não está filiado ao seu sindicato, tem que se filiar. Sem a luta do sindicato não há poder”, declarou John Acosta (FIM).

A partir de uma contribuição do SINDMUSE, o 1º Esmub aprovou a realização de uma campanha internacional construída a partir de clipes musicais gravados por músicos brasileiros e de diferentes países em defesa da pauta do meio ambiente. A proposta do SINDMUSE foi aprovada por unanimidade e o coordenador do FIM, John Acosta, se prontificou em dialogar com os consulados para obter o apoio deles também.

O 1º Esmub ainda abordou: A situação dos músicos em diferentes regiões do Brasil; Músicos e proteção ambiental; Plataformas de streaming e ganhos de artistas; Inteligência Artificial e seu impacto nos músicos e na indústria musical; Igualdade e equidade de gênero no setor da música, entre vários outros debates.

Adelmo Ribeiro, presidente do Sindicato de Músicos de São Paulo, trouxe para o debate a reflexão em torno da informalidade e prejuízos causados aos trabalhadores.

“Temos 110 milhões de trabalhadores, essa é a força de trabalho ocupada no Brasil; com 53 milhões com e sem carteira de trabalho. Sem carteira de trabalho, temos 14,3 milhões de trabalhadores no Brasil e na informalidade temos 40 milhões de trabalhadores. A informalidade é um desafio enorme porque o avanço do neoliberalismo ainda traz o discurso do empreendedorismo, é uma ofensiva ideológica muito prejudicial”, reforçou Ribeiro.

O presidente do SINDMUSE, Tonico Saraiva, destacou a importância da palestra sobre Proteção de trabalhadores, Acordos Coletivos, Saúde e Segurança no Trabalho, proferida por Edson Júnior, representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Difusão Cultural e Artística no Estado do Rio de Janeiro. “Saímos deste encontro fortalecidos pelas informações compartilhadas e revitalizados para a luta sindical diária que não é fácil, e muito necessária para que os direitos dos músicos sejam respeitados”, declarou Tonico Saraiva.