15º CECUT repudia prefeito Edvaldo por desvalorização dos servidores de Aracaju
Publicado: 09 Agosto, 2023 - 13h23 | Última modificação: 09 Agosto, 2023 - 14h09
Escrito por: CUT Sergipe
Agentes de trânsito, assistentes sociais, professores, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e farmacêuticos se manifestam contra política de desvalorização dos servidores promovida por Edvaldo Nogueira
O Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores (15º CECUT) aprovou uma Moção de Repúdio ao tratamento dado pelo prefeito Edvaldo Nogueira aos servidores públicos de Aracaju em todas as gestões.
Ao fim da campanha salarial, os professores de Aracaju continuam sem o cumprimento da Lei do Piso, do Estatuto do Magistério e do Plano de Carreira. Além disso, o SINDIPEMA denuncia que os professores aposentados foram prejudicados com a gratificação criada por Edvaldo, a mesma que prejudica professores da ativa, pois ficam sem o Adicional por tempo de serviço.
Nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e farmacêuticos estão revoltados por uma distorção salarial que desvaloriza o trabalho destes profissionais. “A insatisfação segue acesa pela falta de diálogo concreto com a gestão, ausência de concurso público, precarização do trabalho, insuficiência de profissionais e equipe de Rh insuficiente, com impactos negativos na assistência à população”, declararam os sindicalistas na Nota de Repúdio à gestão de Edvaldo Nogueira.
Graças à política de desvalorização dos servidores implementada por Edvaldo Nogueira nas últimas duas gestões, os assistentes sociais da Secretaria de Assistência Social de Aracaju estão há 6 anos sem reajuste salarial. Dirigentes do SINDASSE (Assistência Social) explicam que Edvaldo Nogueira passou seu primeiro mandato sem dar 1 centavo de reajuste aos servidores de Aracaju. No segundo mandato, só deu reajuste de 5% em 2022 e um reajuste diferenciado para a saúde de 10%; em 2023, o reajuste de 7,5% não foi linear para todas as categorias, parte dos trabalhadores não tiveram reajuste nenhum.
Para os agentes de trânsito, que enfrentam sol e chuva nas ruas cuidando da mobilidade urbana de Aracaju, a política de desvalorização dos servidores de Edvaldo Nogueira gerou um enorme prejuízo emocional.
Os agentes de trânsito de Aracaju, após duas gestões de desvalorização da categoria acumulam grande prejuízo salarial e emocional. O presidente do SINDATRAN conta que o sentimento geral da categoria é de frustração porque foram 10 anos de luta pelo Plano de Carreira dos Agentes de Trânsito, criou-se uma expectativa junto à categoria de que haveria a conquista do Plano, mas nada disso se cumpriu. “Edvaldo fez uma proposta que piorava a situação dos trabalhadores, por isso a categoria rejeitou. Como saldo, ficou a expectativa frustrada e uma remuneração que nem sequer acompanhou a inflação do período”, registrou trecho da Moção de Repúdio.
Durante a aprovação desta Moção no 15º CECUT, a secretária geral da CUT Sergipe, Leila Moraes, falou sobre as consequências da política de desvalorização dos servidores de Aracaju implementada por Edvaldo Nogueira. “A população de Aracaju é atendida pelos servidores públicos do município. São eles que cuidam da população prestando assistência social, assistência à saúde, cuidando do trânsito e de tudo que faz a cidade de Aracaju funcionar. Desvalorizar servidores municipais é sinal de desdém com a população atendida”, criticou a dirigente sindical.
A Moção de Repúdio ao Prefeito Edvaldo Nogueira foi enviada para a Prefeitura de Aracaju pela secretaria da CUT nesta quarta-feira, dia 9 de agosto.