Escrito por: Iracema Corso
Em memória das companheiras trabalhadoras e dirigentes sindicais que faleceram em 2021, deixando ensinamentos e grande contribuição, a 16ª Plenária Estatutária da Central Única dos Trabalhadores começou os trabalhos, na manhã deste sábado (14 de agosto), com uma homenagem através de um vídeo sobre as companheiras Mônica Maria Bonfim Cruz (Sindipema/Sinergia), Claudiane Santos (STTR/ Itabi) e Marta Maria Lima Rosa (Sindomestico).
Agricultora rural do município de Itabi, Claudiane Santos Souza Oliveira, conhecida como Preta, foi uma importante liderança sindical da região, uma mulher forte, guerreira, uma mulher que lutou e defendeu os direitos dos trabalhadores rurais.
Preta iniciou sua atuação sindical como suplente, depois assumiu a Secretaria de Política Agrícola e na sequência chegou à presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Itabi. Ela foi a primeira mulher a presidir o sindicato e logo assumiu também a Coordenação do Polo do Alto Sertão, que reúne 12 sindicatos de trabalhadores rurais. Sua atuação no movimento sindical, Marcha das Margaridas, Grito da Terra Estadual e Nacional, na luta contra a Reforma da Previdência, inspirou outras trabalhadoras rurais a ingressar no movimento sindical.
Marta Maria Lima Rosa foi dirigente do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Sergipe (Sindomestico/Se). Trabalhadora, guerreira atuante, presente nas lutas sindicais e na construção da luta dentro do sindicato, ela nunca faltava. Manifestações, atos de rua, na Marcha Mundial das Mulheres, a guerreira incansável Marta Maria estava sempre presente.
Trabalhadora doméstica, Marta enfrentou o desemprego e passou por momentos difíceis. Era diabética, tinha problemas de saúde. Quanto a sua vida pessoal e familiar, era muito reservada, mas sofreu forte impacto com a morte do seu filho no ano passado. Chegou a ter depressão e enfrentar muitos problemas de auto-estima. O problema da perda do emprego de Marta reflete a realidade enfrentada por muitas trabalhadoras domésticas nesta pandemia da Covid.
A professora e trabalhador da Energisa, Mônica Maria Bonfim Cruz, nos deixou no dia 24 de maio de 2021. Ela entrou na Energipe na década de 80 e sempre impulsionou as mobilizações do movimento sindical. Mesmo antes de fazer parte do sindicato, atuou na luta contra a desigualdade, por justiça social, contra o desemprego e por melhores condições de trabalho. O Sinergia/SE destacou que sua atuação, a partir de 1998, como Diretora de Formação Política e Sindical transformou o sindicato completamente. Graças à sua atuação e carisma, o SINERGIA/SE alcançou o índice de filiação de 90%.
Além do vídeo exibido na 16ª Plenária, a CUT Sergipe vai entregar placas de homenagem aos familiares das trabalhadoras Mônica Maria Bonfim Cruz (Sindipema/Sinergia), Claudiane Santos (STTR/ Itabi) e Marta Maria Lima Rosa (Sindomestico).