Escrito por: Arlete Silva Costa - Secretária de Combate ao Racismo da CUT
No dia 21 de março de 1960, na cidade de Joanesburgo na África do Sul, os negros e negras protestavam contra a lei do passe. Uma manifestação pacífica, mas o exército atirou na multidão, matou 69 e feriu 186 pessoas. A ONU instituiu o dia 21 de março como o DIA INTERNACIONAL DE LUTA PELA ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL em memória a tragédia.
A discriminação no Brasil é cotidiana, violenta, genocida e praticada contra os povos negros e indígenas. Um país onde segundo o IBGE a maioria da população é declarada de negros e pardos temos um racismo institucional que segrega e mata a população negra. A maioria dessa população negra não tem acesso a educação, saúde, moradia, trabalho, segurança e saneamento básico.
A discriminação às religiões de matrizes africanas com destruição de terreiros e o genocídio da população negra são formas evidentes de racismo em nosso país.
Diante dessa pandemia do COVID-19, fica evidente a extrema desigualdade social e econômica que vive o Brasil, onde a população que mora nas comunidades periféricas e as pessoas que vivem em situação de rua não têm acesso à água e nem casa para onde ir. Os governantes precisam entender e ampliar a proteção a essa população de pobres e negros que estão à margem da sociedade.