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24ª Parada LGBTQIAPN+ Envelhecer é resistir fortalece luta por respeito e cidadania

Publicado: 01 Setembro, 2025 - 18h34 | Última modificação: 02 Setembro, 2025 - 16h21

Escrito por: Iracema Corso

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‘Envelhecer é Resistir!’ foi o tema da 24ª Parada LGBTQIAPN+ que aconteceu na Orla de Atalaia, em Aracaju, no último domingo, dia 31 de agosto.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) participou da atividade cultural e política junto à Associação Dialogay, filiada à CUT-SE, e ao Coletivo LGBTQIAPN+ do SINTESE.

Para o professor Paulo Lira, presidente da Associação Dialogay, o tema da Parada neste ano ‘Envelhecer é Resistir’ é muito importante. “O envelhecimento da comunidade LGBTQIAPN+ precisa de políticas públicas para garantir a sobrevivência da comunidade e a outra coisa é resistir a todo o tipo de preconceito que existe em nossa sociedade”.

Sobre a temática do preconceito, na flor de sua juventude, Nakau participou da Parada para denunciar o sofrimento que a comunidade LGBTQIAPN+ enfrenta todos os dias. “Sou uma pessoa bissexual e não binária, e sendo assim eu sou uma pessoa que raramente tem os seus direitos atendidos, e raramente é respeitada e vista de bom jeito, então eu estou aqui para lutar pelo nosso direito de existir, porque as pessoas negam o tempo todo a nossa existência. Negam que a gente existe e negam como a gente é. Então é importante sim a gente lutar pelos nossos direitos e expressar quem a gente é”, declarou Nakau.

A presidenta da ASTRA Direitos Humanos e Cidadania LGBT, Tatiane Alves, falou sobre a organização da 24ª edição da Parada LGBTQIAPN+. “Resistimos mais um ano. Resistimos ao não entregar a Parada ao capitalismo. Fizemos uma festa livre, uma festa de reivindicação”.

Tatiane Alves também falou sobre o tema da Parada. “Envelhecer e resistir é necessário, mas com políticas públicas de saúde, educação, trabalho, emprego e renda, dando visibilidade a nossa comunidade como ela deve ser visibilizada. Então esta é uma grande festa leve e cultural para dizermos que não está nada bem, que ainda somos o País que mais mata LGBTs no mundo e que precisamos de políticas públicas e leis efetivas para que possamos viver em sociedade”, discursou.

Mulher trans, a deputada estadual Linda Brasil (Psol) também observou durante a 24ª Parada LGBTQIAPN+ que a média de vida da população trans é de 35 anos. “Hoje a gente está sobrevivendo e ocupando vários espaços na sociedade que nos eram negados. Nós estamos ocupando e incomodando, e transformando. Envelhecer é resistir!”, declarou Linda.

Ícone nacional do movimento gay, Welington Andrade, atual vice-presidente da Associação Dialogay, ressaltou a importância da Parada LGBTQIA+ para dar visibilidade a esta luta.

“O movimento gay nasceu em Sergipe praticamente na década de 80, e quanto mais eventos pelos direitos humanos para a população LGBTQIAPN+ melhor, pois estamos procurando mais respeito e dignidade. Somos seres humanos, pagamos nossos impostos, não somos marginais, nós trabalhamos e merecemos ser tratados como cidadãos e cidadãs. A Parada é construída por várias organizações, então assim como a CUT abriu as portas para o Dialogay, nós queremos que, em cada bairro, possa haver um grupo que trabalhe em prol da família LGBT”, defendeu Welington.

A 24ª Parada LGBTQIAPN+ foi realizada pela ASTRA Direitos Humanos e Cidadania LGBT e teve a Comissão Organizadora composta por: ABRAI, ADA LGBT, Adhones, AGS de Simão Dias, Água Coloridas LGBTQIAPN+ de Poço Redondo, Aliança Nacional LGBTI+, AmoSerTrans, Arco-Íris ADSF, Astraes, Astral, Athena, Casa de Ratturas, CAUFS, Centro de Referência em Direitos Humanos LGBTI+, SSP/SE, Coalizão Nacional LGBTI+, Coletivo LGBTQIAPN+ do SINTESE, Coletivo N’Ativa, Coletivo Slam do Mangue, Conselho Estadual LGBT, Conselho Regional de Psicologia, Associação Dialogay, Fonatrans Sergipe, Fórum Popular de Segurança Pública de Sergipe, Gaymado Aju, House of Mangue, IBTE, Kiki Casa DiBarro, Mães pela Diversidade, Motu Sergipe, OAB/SE, Projeto Remonta, Rede Trans Brasil, Travezzias, UNA LGBT, Unegro Sergipe, Unidas e ViraMundo.