Protesto feminista no Calçadão da João Pessoa, em Aracaju, denunciou na quarta-feira (15/10), a exploração da mulher trabalhadora por empresas Transnacionais que negam assistência à saúde e garantias trabalhistas, mesmo alcançando grande lucratividade. De acordo com a dirigente da CUT/SE e integrante da Marcha Mundial das Mulheres, Joelma Dias Joelma Dias, foi muito boa a aceitação da população diante do ato de intervenção no Calçadão da João Pessoa. “Contra a exploração das mulheres trabalhadoras, denunciamos as transnacionais do ramo da beleza, Riachuelo, C&A, Boticário, Natura... Protestamos contra o avanço do imperialismo que se apropria dos recursos naturais do nosso País. Protestamos porque a pandemia que se alastra no Brasil e no mundo, mais uma vez atinge principalmente mulheres empobrecidas. Convocamos as pessoas a reagir em defesa da classe trabalhadora, massacrada pelo governo Bolsonaro e pela Reforma Trabalhista”, afirmou.
O ato foi construído pelo Coletivo de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores, mulheres trabalhadoras do Sindoméstica (Trabalhadora Doméstica), Sindipema (Professores), Sindijus (Judiciário), Marcha Mundial de Mulheres, ASTRASSE (Associação das Trabalhadoras do Sexo de Sergipe) e Articulação Popular São Francisco Vivo. Várias dirigentes sindicais fizeram cartazes e espalharam no Calçadão ampliando o debate feminista contra o feminicídio, pela legalização do aborto, pela socialização coletiva do trabalho doméstico e de cuidados. Segundo a secretária da Mulher da CUT/SE, Cláudia Oliveira, além de alterar o modelo de produção, é preciso transformar as relações sociais entre homens e mulheres e entre gerações, resignificando as conexões entre campo e cidade. Assim o movimento feminista promoveu o enfrentamento ao agronegócio e a luta pela soberania alimentar através da agroecologia.
Vai ter live no sábado (17/10)Entre 12 e 17 de outubro, a marcha mundial das mulheres segue com ações que encerram a 5ª ação internacional com o tema ‘Resistimos para viver, marchamos para transformar’. No próximo sábado, dia 17/10, às 14hs, no endereço https://www.facebook.com/joelma.dias.311 acontece a live da Marcha Mundial das Mulheres em Sergipe com o tema ‘As transnacionais e os impactos na vida das mulheres nordestinas’. O debate será mediado pela dirigente da CUT/SE e integrante da Marcha Mundial das Mulheres, Joelma Dias, e contará com palestra da liderança indígena bocuia Kariri Xocó de Alagoas, Gerinane Nunes, a coordenadora da Articulação Popular do São Francisco, Divaneide Souza, a pedagoga da comunidade quilombola de Água Fria, Célia Batista e a doutora em Auditoria social Transnacionais e professora da UFF, Fátima Pinel.