Escrito por: Iracema Corso
A difícil batalha em defesa da frágil democracia brasileira ganha mais um dia histórico de muita luta. Na cidade de Aracaju, capital de Sergipe, cerca de 2.000 pessoas ocuparam as ruas.
O movimento sindical, os movimentos religiosos de todas as denominações e movimentos sociais construíram o 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas com solidariedade, doação de roupas, alimentos e caminhada de protesto pelas ruas do Bairro Santa Maria carregando a bandeira em defesa da democracia, pelo Fora Bolsonaro, vida em primeiro lugar, a luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já.
O padre Givanildo citou a Bíblia: “Jesus nos pede para abrir os ouvidos de quem não consegue ouvir. Por todos e todas que estão vivendo à margem da pobreza, Jesus nos pede que possamos abrir a boca de quem não tem voz e não tem vez. O 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas quer fazer com que o povo não se cale diante das vidas perdidas com o descaso do governo federal, diante da Amazônia destruída, diante da situação do nosso SUS, vimos a luta de tantos profissionais da saúde, servidores públicos, como eles lutaram para salvar vidas”.
Solidariedade
Mais de 700 quilos de alimentos foram arrecadados além de roupas usadas em bom estado de uso que serão distribuídas para a população do Bairro Santa Maria.
“Hoje também é dia de fortalecer a luta contra a Reforma Administrativa que vai impactar todos nós que precisamos do serviços públicos e de políticas públicas. Quem precisa de assistência do Estado não pode ficar sem serviço público. A população que passa fome e está desempregada, precisa de alimento. A fome não espera. Por isso fizemos este Grito dos Excluídos solidário. É um grito diferente que tem a responsabilidade de construir esta luta unificada em defesa do bom e do justo e de quem precisa da solidariedade de todos e todas”, revelou Roberto Silva.
Ex-presidente e dirigente da CUT Sergipe, o professor Dudu participou do ato e falou sobre a situação difícil que o País atravessa com o fortalecimento do fascismo, ameaças e ataques impunes contra o Poder Judiciário e instituições democráticas. O professor Dudu também fez um alerta sobre a necessidade urgente de uma polícia mais humana.
Presidenta do SINTESE e dirigente nacional da CUT, Ivonete Cruz afirmou que não é tempo de esmorecer a luta por medo do fascismo. “Nossa luta tem que ser cada dia maior e mais forte. Não desistiremos. Não sairemos das ruas. Vamos ajudar nossos companheiros e companheiras. Este Grito dos Excluídos hoje tem uma tarefa de botar pra fora este governo assassino, libertar o povo brasileiro e defender a democracia, a saúde pública, a educação, a vida. A nossa luta é pela vida e pelo fora Bolsonaro”, discursou Ivonete.
Ainda hoje, acompanhe minuto a minuto dos protestos #7SForaBolsonaro no Brasil e no mundo. Acesse o link e confira os Atos em defesa da democracia e pelo ‘Fora, Bolsonaro’ nas ruas e nas redes no Brasil e no exterior neste 7 de setembro, dia do tradicional do Grito dos Excluídos.
Agendas de Luta
No dia 11 de setembro, próximo sábado, o Grito dos Excluídos e das Excluídas vai ecoar nas cidades sergipanas de Lagarto e Itabaiana.
No Dia 14 de setembro, a partir das 8h, próximo ao Palácio Olímpio Campos, vai ter ato contra a Reforma Administrativa porque é a data prevista para a votação da PEC-32.
Fotos: Jomara Costa e Iracema Corso