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Aposentadas(os) discutem luta por valorização e devolução do confisco de 14%

Publicado: 14 Março, 2025 - 16h21 | Última modificação: 14 Março, 2025 - 16h25

Escrito por: Elisângela Valença (SINTESE)

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Na manhã de hoje, dia 14 de março, aposentadas e aposentados do SINTESE estiveram reunidos numa plenária para discutir uma pauta importante, com pontos que tratam da luta da categoria pela defesa e recuperação de direitos conquistados.

“Planejamos nossa luta para recuperar nossos 14%, confiscados ilegalmente de nossos proventos, por melhorias no Ipesaúde, entre outras bandeiras que visam uma aposentadoria com dignidade”, disse Maria Luci Lima, diretora de Aposentadas e Aposentados do SINTESE. “Lutamos por valorização da nossa carreira e o descongelamento das gratificações e adicionais e isso atinge tanto os professores em atividade, como aposentados”, disse Roberto Silva, presidente do SINTESE.

“Temos cobrado para que o Governo de Sergipe programe e efetue a devolução desse valor, que não vai atrapalhar o orçamento para fazer o Estado funcionar”, disse Roberto. “Seguimos também na luta para que o ministro do STF [Supremo Tribunal Federal], dê seu voto, o único que falta, no julgamento da ilegalidade desse confisco, o que ajuda a agilizar a devolução desses valores”, comentou. “Vale lembrar que o Governo de Sergipe não precisa esperar o STF finalizar o julgamento para devolver o que foi tirado dos aposentados injustamente”, ressaltou o presidente.

“Este desconto causou um desequilíbrio total na vida do aposentado e da aposentada. Imagine perder 600 reais, 800 reais, todos os meses de seu salário. Você com contas a pagar, medicação, plano de saúde, manter a família. Tivemos que entrar em cheque especial e fazer empréstimos para poder sobreviver. Foi um desastre imenso e muitos de nós ainda não nos recuperamos”, contou Maria Luci, que é também aposentada.

A professora Luci destacou também a importância de lutar por melhorias no atendimento do Ipesaúde. “À medida que vamos envelhecendo, vamos precisando mais de serviços de saúde e temos pagado cada vez mais caro pelo Ipesaúde e recebido um serviço cada vez pior”, afirmou. “O Ipes não tem geriatra, leva um tempo de espera imenso para marcar consultas ou exames. Como não temos tempo a perder, quem tem condições, acaba pagando particular, tendo mais um gasto com serviços médicos. É de um desrespeito sem tamanho”, criticou.

“Numa reunião que tivemos com o presidente do Ipesaúde [Walter Gomes Pinheiro Junior], ele disse que o serviço da autarquia é bom e que as reclamações são pontuais. Isso é querer zombar do cidadão”, cotou o Roberto. Por conta disso, o SINTESE vai aplicar uma pesquisa com sua base de filiados, em atividade e aposentados, para levantar as queixas e reclamações dos usuários do Ipesaúde e provar ao presidente da autarquia a gravidade da situação.

Na plenária, foi criada uma comissão para implementar as lutas discutidas neste encontro e a série de ações para sensibilizar o Governo para valorizar o magistério sergipano e devolva os 14%. “A luta dos aposentados é unificada à luta dos professores em atividades, buscando o descongelamento das gratificações e do triênio, a atualização da tabela de remunerações com a atualização do piso nacional da categoria e a reconstrução de nossa carreira”, finalizou Roberto.