Escrito por: Iracema Corso

Arte e cultura marcam ato contra retrocesso democrático e retirada de direitos

População, movimento sindical e social reafirmam união em defesa da democracia

Teatro, batucada e poesia foi a linguagem escolhida pelo movimento social e sindical para dialogar em praça pública com a população do Centro de Aracaju na tarde da quinta-feira (8/11). Num formato lúdico, o protesto levou informação sobre o retrocesso com a extrema direita na presidência do Brasil. A poucos dias do resultado eleitoral, o candidato eleito já sinaliza para ataques aos direitos trabalhistas, fim da aposentadoria, da autonomia do professor em sala de aula, fim da universidade pública, entre outros prejuízos previstos contra a população brasileira.

Filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), o SINDIPREV (Previdenciários) participou da manifestação. “O Bolsonaro e sua turma conseguiram despertar nas pessoas o pior de cada um, o ódio, um sentimento destrutivo, com o objetivo de acabar com os direitos da população brasileira. A reforma da previdência atinge os trabalhadores do campo de forma cruel, os trabalhadores da cidade, as trabalhadoras perderão direitos, a nossa juventude não vai conseguir se aposentar. As pessoas ainda não conseguiram entender a gravidade disso. Com a extinção do Ministério do Trabalho este governo caminha para deixar os trabalhadores do Brasil sem direito nenhum”, alertou Joaquim Antônio, presidente do SINDIPREV/SE.

A professora e deputada estadual Ana Lúcia, ex-dirigente da CUT/SE, deu uma aula sobre a origem do fascismo e falou sobre a importância da união de todos os setores da sociedade que defendem a democracia e não concordam com o terror e o ataque ao movimento sindical e social como política de governo.

“Conseguimos dar as mãos para fazer uma grande ciranda, e aqui mais uma vez meus parabéns para a Batucada do SINTESE que nesta ciranda faz referência a uma simbologia da cultura do Nordeste. Vamos de mãos dadas e vamos dançar, porque a dança é uma expressão forte, vem da cultura afro e da cultura indígena, nós temos muito disso em cada um de nós. Para construir essa unidade, sempre vamos ter que fazer muitas cirandas. E não é à toa que a nossa juventude, na segunda-feira após as eleições, em vários pontos do País, deu as mãos e fez ciranda defendendo a democracia e defendendo nossos direitos”.

Impossível descrever a graciosidade das crianças da Ocupação Beatriz Nascimento cantando juntas “Pisa ligeiro, pisa ligeiro, quem não pode com a formiga não assanha o formigueiro”. Acesse a nossa FanPage para conferir pequenos trechos de transmissão ao vivo do ato, a esquete teatral, a Batucada do Sintese, recitação de poesia, dança, ciranda, um pouquinho das manifestações artísticas que marcaram o protesto: https://www.facebook.com/CentralUnicadosTrabalhadoresdeSergipe/