MENU

Artesãs completam 1 mês de luta pela Abertura do Centro de Arte e Cultura J. Inácio

CUT Sergipe apoia o Movimento Unidos pelo Espaço J. INÁCIO que todos os sábados ocupa as calçadas em frente às Galerias do Centro de Arte e Cultura J. Inácio, na Orla de Atalaia

Publicado: 28 Fevereiro, 2023 - 15h34 | Última modificação: 28 Fevereiro, 2023 - 15h55

Escrito por: Iracema Corso

notice

Neste sábado, dia 25 de fevereiro, o Movimento Unidos pelo Espaço J. INÁCIO completou 1 mês de ocupação das calçadas em frente ao Centro de Arte e Cultura J. Inácio, na Orla de Atalaia de Aracaju. A data foi marcada por protesto de artesãs e artesãos que lutam pela entrega do espaço cultural reformado e que aguarda a cerimônia de reinauguração da Prefeitura de Aracaju para abrir as portas.

A artesã Gustinha Accioly conta que a reinauguração do Centro de Arte e Cultura J. Inácio estava prevista para junho de 2022, seria no mesmo dia da abertura do Arraiá do Povo. “Vários artesãos se programaram, produziram, fizeram gastos, investiram em mobiliário e a abertura do Centro de Arte e Cultura J. Inácio que estava prevista foi cancelada porque o prefeito não tinha agenda para inaugurar”, revelou a artesã.

Gustinha Accioly conta que antes de dar início às manifestações construídas pelo Movimento Unidos pelo Espaço J. INÁCIO, as artesãs e artesãos enviaram ofícios, foram à EMSURB, tentaram falar com o prefeito e várias outras iniciativas no campo institucional.

Sem obter nenhum sucesso e nenhuma resposta, em 20 de janeiro de 2023, as artesãs e artesãos organizaram uma ocupação nas calçadas da Orla de Atalaia para denunciar o descaso com o Centro de Arte e Cultura J. Inácio e com os trabalhadores que dependem deste espaço para comercializar seus produtos artesanais. “É revoltante que o espaço público e a estrutura pública estão sempre à disposição da iniciativa privada e os grupos de artesãos não são nunca atendidos”, criticou Accioly.

Depois do dia 20 de janeiro, todos os sábado, artesãos e artesãs ocupam a calçada da Orla de Atalaia em frente ao Centro de Arte e Cultura J. Inácio. “E nós, dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), participamos dos protestos em apoio aos artesãos e artesãs. A gente apoia esta iniciativa, que é uma forma de pressionar o prefeito para que haja a reinauguração do Centro de Arte e Cultura J. Inácio e a entrega aos trabalhadores da arte de Sergipe para que possam garantir o seu sustento," declarou a secretária da Mulher da CUT/Sergipe, Cláudia Oliveira, que tem participado dos atos.

Artesã e secretária de Formação da CUT Sergipe, Caroline Rejane Santos, também prestou solidariedade ao Movimento Unidos pelo Espaço J. INÁCIO na ocasião em que se completa 1 mês de protesto e ocupação das calçadas da Orla. "É fundamental que a prefeitura resolva a questão, pois temos um espaço público fechado há quase três anos e artesãs e artesãos, que ocupavam anteriormente o espaço, sem ter acesso a ele. É preciso política pública de fomento àqueles que fazem diuturnamente nossa arte e cultura. Ver o Espaço J. Inácio fechado por tanto tempo é um tapa na cara de quem preza pela cultura e arte sergipanas. Todo o nosso apoio a luta pela reabertura do espaço”, reforçou Caroline Santos.

Depois dos protestos, no dia 26 de janeiro, as artesãs e artesãos foram participar de reunião na sede da EMSURB, contando com a presença de Bruno Moraes (presidente da EMSURB) e Jorge Fraga (secretário de Turismo de Aracaju) que se disponibilizaram em resolver a questão e firmaram compromisso de colocar um toldo e iluminação na porta da galeria até a solução definitiva do problema, no entanto, o mês de fevereiro já está acabando e nada disso foi providenciado.

A artesã Gustinha Accioly alerta todos os companheiros artesãos para, aos sábados, continuar fortalecendo o Movimento Unidos pelo Espaço J. INÁCIO. “A nossa opção é continuarmos mobilizados, unidos na calçada vendendo nossa produção até o dia em que abrirem a galeria. Eles conversam, mas precisamos de uma data. A galeria está pronta, está iluminada, fica fechada, vai sendo destruída pelo tempo, e eles não abrem”, denunciou Gustinha.