Escrito por: Assessoria de Comunicação SINDISAN
O SINDISAN vem cobrando da direção da DESO os investimentos necessários para melhorar seus serviços e ampliar a oferta de água tratada com qualidade. Os recursos provenientes do repasse sobre o valor total da outorga da concessão do saneamento a que a Companhia tem direito, 80% já entraram nos cofres. São cerca de R$ 362 milhões e esses recursos precisam ser investidos em manutenção, ampliação e construção de ETAs, nas captações de água bruta, perfurações de poços, proteção dos mananciais, programas de educação ambiental, entre outros investimentos.
Não é o que está acontecendo. Até agora, o que se tem visto é uma total falta de planejamento da Companhia para investimentos com essa parte maior do repasse da concessão (os outros 20% serão pagos em maio de 2027). Com o início das operações totalmente executadas pela Iguá Sergipe e a vigência dos contratos de produção de água e de interdependência, a DESO será cobrada para fornecer água tratada em grande quantidade e com boa qualidade para não correr o risco de ser multada, conforme termos constantes nos contratos. Mas parece que a direção da Companhia está pouco preocupada com isso
O SINDISAN tem visitado as áreas operacionais, a exemplo do Povoado Lagoa Redonda (Pirambu), Brejo Grande, Povoado Brejão (Brejo Grande), Ilha das Flores, Japoatã, Itaporanga, Tobias Barreto, Riachuelo, Captação do Prata (Japaratuba), Propriá, Porto da Folha, Captação da Cabrita, Área 200, entre outras, e nessas unidades foram detectadas várias irregularidades e problemas que persistem, e que podem comprometer, num futuro próximo, a capacidade de produção da DESO.
Nessas unidades, encontramos reservatórios com estruturas comprometidas e com ferragens expostas; escadas de acesso enferrujadas e sem guarda-corpo; cilindros de cloro sem base de fixação; caixas de passagem e de registro sem tampas; casas de bombas com vazamentos; filtros, decantadores e floculadores necessitando de recuperação; locais de trabalho dos operadores inadequados; áreas sem muro de proteção, e outras com o mato tomando conta; entre outros problemas encontrados.
Sendo assim, há que se perguntar à direção da DESO: Até quando os R$ 362 milhões já pagos pela Iguá ficará parado no banco apenas para correr juros (para quem mesmo?), enquanto a Companhia segue com vários problemas aguardando soluções? Ou será que essa inércia é deliberada, para comprometer a capacidade de produção da DESO e justificar, lá na frente, a privatização completa da empresa, como já está acontecendo em Alagoas?