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Ato abre caminho para greve dos servidores de Aracaju

Dez categorias cobram direito constitucional à reposição salarial e condições de trabalho

Publicado: 30 Julho, 2018 - 16h05 | Última modificação: 30 Julho, 2018 - 16h36

Escrito por: Iracema Corso

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Ainda não é greve, mas na manhã desta segunda-feira (30/7), a paralisação de 48h e o protesto na porta da Secretaria de Finanças já mostrou unidade e força dos 10 sindicatos de trabalhadores insatisfeitos com a gestão municipal e que estão há dois anos sem reposição salarial, pois a data base dos servidores de Aracaju é abril.

 

Os servidores públicos da área da saúde, educação, segurança e transporte cobram uma audiência com o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) para discutir a pauta geral de reajuste salarial e condições de trabalho, além das pautas específicas de cada categoria.

 

Filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), o SINPSI (Psicólogos) participou do protesto cobrando também equiparação salarial para psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, entre outros trabalhadores da saúde graduados que possuem a mesma jornada de trabalho, no entanto, uma enorme discrepância em termos de salário.

 

“Por um erro no edital do concurso da Prefeitura de Aracaju, nós, psicólogos, junto aos nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas fomos colocados numa tabela de remuneração inferior aos demais trabalhadores da saúde graduados. Há 10 anos lutamos para que a justiça seja feita e este erro seja consertado, mas não há nenhum avanço. Agora com Edvaldo a negociação está completamente travada, desde que assumiu, nem receber a gente ele recebe. Vários secretários foram conversar conosco, mas nenhum mostrou interesse de resolver o problema e o secretário de finanças chegou a ser desrespeitoso com essas categorias questionando a importância destes profissionais. Além disso, é um absurdo que o prefeito ocupe as redes sociais para enaltecer a si próprio dizendo que paga o salário dos servidores em dia, isso é obrigação da gestão municipal, é o que determina a lei, assim como a reposição salarial anual que está na nossa Constituição”, denunciou Edmundo Freire, Diretor do SINPSI.

 

Diretora do SINDINUTRISE (Nutricionistas), Graziela Andrade é outra trabalhadora prejudicada por erro no edital do concurso da Prefeitura e cobrou condições de trabalho para todos os servidores.  “Nos nossos locais de trabalho faltam materiais, medicamentos e até uma cadeira para sentar e trabalhar. Enfrentamos diariamente isso tudo e estamos cobrando que o prefeito apareça e atenda os representantes sindicais. Desde que ele assumiu não dialoga com os sindicatos. Ele montou uma comissão que se reúne com os sindicatos, mas não resolve nada. Não iremos desistir de cobrar o cumprimento dos nossos direitos”.

 

No caso do SINDIPEMA (Professores), a categoria também protestou contra o desmonte da carreira e o não cumprimento do Piso do Magistério. “Daqui a pouco os professores com formação em Nível Médio terão remuneração no mesmo patamar do professor com Doutorado. Sem contar com as péssimas condições de trabalho... Temos escolas em que os próprios diretores abrem o portão, atendem à comunidade escolar, resolvem questões como transferência, declaração, tudo isso porque estamos sem funcionários de apoio para nos auxiliar na escola”, afirmou a professora e vice-presidente do sindicato, Magna Araújo. Ela também explicou que haverá assembleia em data a ser decidida por cada sindicato com indicativo de greve unificada das 10 categorias de servidores públicos do município de Aracaju.