Escrito por: Iracema Corso
Quando comemoramos 200 anos de independência no Brasil, militantes do 28° Grito dos Excluídos questionam: independência para quê e para quem? Neste sábado, dia 13 de agosto, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/Sergipe), Roberto Silva, estava no Pré-Grito dos Excluídos, no Centro de Aracaju, fazendo esta pergunta.
"Diante de um País em que cresce a pobreza, a carestia, o desemprego e o povo sofre com a falta de comida na mesa, o Grito dos Excluídos tem o objetivo de chamar a atenção da população para refletir sobre que País queremos construir para os nossos filhos”, declarou Roberto Silva.
A vice-presidenta do SINTESE (Professores) e da CUT/SE, Ivônia Ferreira, pediu a união da população para derrotar o fascismo no Brasil.
“Enquanto a gente briga entre nós, trabalhadores e trabalhadoras, a direita fascista está tomando conta do nosso País e acabando com nossos direitos. Então este é o momento de nós, empregados e desempregados, lutarmos contra a fome e contra a miséria que assolam nosso país. É momento de lutar contra este governo que quer derrubar a nossa democracia. Não é momento de se degladiar com nossas famílias. Neste momento o que falta ao povo brasileiro é comida na mesa mesmo”, afirmou Ivônia Ferreira.
Como falar em independência do Brasil se quase 51% dos recursos públicos são usados para pagar juros e amortizações da dívida pública? No Brasil, o salário mínimo necessário para uma família com 4 pessoas é R$ 6.012,18 (4,96 vezes o atual de R$ 1.212,00), segundo a última Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do DIEESE. Para mudar esta realidade, no dia 7 de setembro, participe do 28º Grito das Excluídas e dos Excluídos de Sergipe: Vida em Primeiro.
Uma manifestação feminista em formato de caminhada saiu do Mercado Municipal de Aracaju e se somou ao Pré-Grito dos Excluídos. A vereadora Ângela Melo (PT), dirigente da CUT Brasil, reforçou que agosto é o mês de combate à violência contra a mulher.
“Estamos nas ruas para dizer às mulheres: denunciem seus agressores. Em briga de marido e mulher, nós metemos a colher. Estamos no encontro do Pré-Grito das Excluídas e dos Excluídos, na luta por eleições com urnas eletrônicas. Homens e mulheres estão lutando por eleições livres, por liberdade e democracia”, declarou a professora Ângela.