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Ato do SINDIPEMA denuncia má gestão da Educação em Aracaju

Professores farão assembleia nas férias para decidir se haverá greve no 2º Semestre

Publicado: 18 Julho, 2019 - 17h57 | Última modificação: 18 Julho, 2019 - 18h09

Escrito por: Iracema Corso

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Há 3 anos os professores de Aracaju não têm qualquer reajuste no Piso do Magistério. Na manhã desta quarta-feira, dia 17/7, o SINDIPEMA, filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), ocupou o Calçadão da Laranjeiras com Coral, teatro e o depoimento de muitos professores que construíram um ato público para cobrar do prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) a valorização da educação pública, gratuita e de qualidade em sua gestão à frente da Prefeitura de Aracaju.

O professor Joel Almeida do SINTESE participou do protesto em apoio à luta do SINDIPEMA. “Edvaldo Nogueira é um prefeito que mudou a casaca, fez um casamento que foi também uma aliança política com os ricos de Sergipe. Ele só é comunista no nome do partido. A visão política é da elite. Não tem mais o olhar de política social, por isso é um governo que tem que ser enfrentado com força porque ele veio para travar a luta dos trabalhadores e não é só os trabalhadores da educação que estão sofrendo, mas os da saúde também. Muita força para o SINDIPEMA, o professor tem o direito constitucional a ter um piso e vocês tem que ter este direito consagrado”, afirmou.

A professora Pureza Neta, secretária de comunicação do SINDIPEMA, revelou que Edvaldo Nogueira descumpriu as promessas de campanha que faria uma gestão em favor da educação. “Edvaldo Nogueira não respeita a lei. Não paga o Piso Nacional dos professores. Não recebe o sindicato, não quer discutir. Estamos há três anos nesta situação e não é só isso... As escolas estão enfrentando muita violência, tem arrastão, tem professores que sofreram sequestro relâmpago. O professor de Aracaju enfrenta um momento difícil e o prefeito nem nos atende para dialogar e buscar uma solução”, desabafou.

O presidente do SINDIPEMA, o professor Adelmo Santos, também concedeu entrevista na Rádio Comércio, no dia do protesto. Ele afirmou que desde 2017 há um movimento forte de resistência nas ruas para garantir a qualidade da educação. “Em 2018, chegamos a fazer greve e agora em 2019 não há nenhuma política salarial para o professor. Acompanhamos na Câmara Municipal a aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e percebemos que não existe qualquer previsão orçamentária de reajuste para 2020. Aí foi o estopim. Os professores construíram este dia de protesto e no dia 31 de agosto, durante as férias escolares, faremos nova assembleia para decidir se há condições de iniciar em setembro do segundo semestre letivo”, avisou.

Segundo o dirigente sindical Adelmo Santos, a Prefeitura montou uma proposta para a educação, mas esse projeto não é real para quem vive o dia-a-dia das escolas. “Escolas como o José Conrado de Araújo, Anízio Teixeira, Carvalho Neto, são escolas grandes, que tinham uma boa estrutura e hoje estão sem condições de funcionar. A política real desta gestão para a educação é: 1- não conceder reajuste do Piso Nacional do Magistério; 2- deixar as escolas sem porteiros, sem segurança e sem servidores. Nas creches também reduziram o número de cuidadores, isso é preocupante. Eles passaram a trabalhar por 8h, o que é bom, mas a necessidade de Aracaju é uma política de ampliação de creches sem redução dos cuidadores”, reivindicou.