Escrito por: Iracema Corso
Dirigentes sindicais e trabalhadores participaram do protesto manifestando apoio à luta do Sindicato dos Eletricitários
Na manhã da sexta-feira, dia 7 de maio, em frente à empresa Sergipe Gás S/A, a diretoria do SINERGIA/SE (Sindicato dos Eletricitários de Sergipe) e dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) organizaram um protesto em apoio aos trabalhadores da SERGÁS que lutam por valorização, o Acordo Coletivo de Trabalho em negociação e pela manutenção dos direitos conquistados.
Secretário Geral do SINERGIA e dirigente da CUT, Gilton dos Santos afirmou que é a primeira vez que a empresa oferece um reajuste tão insignificante de 3,30%, enquanto a inflação do período foi em torno de 6,5%. O dirigente sindical também cobrou o pagamento da PRR (Participação nos Resultados) que geralmente acontece no começo de maio e até agora não foi paga.
“A proposta pífia de 3,30% não cobre nem a inflação do período. Os trabalhadores querem o índice cheio da inflação do período mais o reajuste do tíquete para dois anos, com a garantia da manutenção de todas as cláusulas do Acordo Coletivo. O que a gente quer é respeito porque até agora a SERGÁS faltou com respeito à representação sindical na mesa de negociação. Os trabalhadores de Sergipe, seja ele de que categoria for, não vamos arrefecer, nós vamos lutar nas nossas trincheiras de luta, porque a luta do trabalhador é permanente”, explicou Gilton.
O PREÇO DO GÁS
Outro debate que o SINERGIA levou para o ato na porta da SERGÁS foi o novo aumento no preço do gás veicular, bem como o gás de cozinha e o de uso industrial.
Ao longo da semana o SINERGIA já vinha denunciando mais um aumento no preço do gás tornando inviável a alimentação de muitos sergipanos, sem falar nos taxistas, motoristas e demais categorias que dependem do GNV para trabalhar.
Contra o aumento no preço do GNV, o defensor na Barra dos Coqueiros e motorista da Coopertalso em Socorro, Waldson Ales, também participou do protesto. “A questão do aumento do gás influenciou muito na renda da gente como defensor. Na hora de abastecer, ficou muito caro. Antes a gente enchia o tanque com R$ 25 e R$ 30 reais, no máximo. Hoje gastamos de R$ 50 a R$ 55. Isso não está tirando mais nem do dono do carro, tá tirando do defensor. Como se não bastasse o prejuízo de diminuir o tempo de trabalho, porque agora a gente só roda na rua até as 22h. Com tudo isso que estamos passando, esse aumento ficou insuportável”, afirmou.
Presidente da CUT Sergipe, Roberto Silva lembrou durante o ato que o deputado federal Laércio Oliveira falou que a Lei do gás ia tornar o combustível mais barato. “Cadê o gás, o combustível, a conta de energia mais barata? Foram promessas vazias do deputado federal Laércio Oliveira, do mesmo jeito que falaram que a Reforma Trabalhista ia gerar emprego. Olha a situação de desemprego hoje!”, apontou o dirigente sindical.
“A política abusiva de aumento do preço de gás veicular, tanto o gás de cozinha como o veicular, no momento em que a empresa dificulta a negociação com os trabalhadores, isso é inaceitável. A empresa está aumentando sua rentabilidade e implementando uma política de desvalorização salarial para os trabalhadores. O aumento da inflação corrói o salário dos trabalhadores, por isso a nossa solidariedade e apoio na luta”, afirmou Roberto.
Além do presidente da CUT/SE, o ato contou com a presença e apoio da vice-presidenta da CUT, Ivônia Ferreira, o motorista por aplicativo Gilton Vieira, Costa do SINDISAN e Cléo da CUT, dirigentes do SINDASSE (Sindicato de Assistentes Sociais de Sergipe), do SINDOMESTICA/SE e do SINTESE.
Após o protesto, no turno da tarde aconteceu nova rodada de negociação do SINERGIA com a SERGÁS. Uma nova proposta foi feita aos trabalhadores e até a próxima terça-feira será apresentada e analisada em assembleia geral dos trabalhadores da SERGÁS.
A manifestação na porta da empresa foi transmitida ao vivo no Facebook da CUT Sergipe, acesse nossas redes sociais (Twitter @cutsergipe_br e Instagram @cutsergipe) e confira mais fotos e vídeos do protesto.