Ato e paralisação dos trabalhadores da FHS na luta por emprego e valorização
Governo estadual anunciou que não tem dinheiro para pagar sequer o salário dos 6.636 trabalhadores da Fundação Hospitalar de Saúde até o fim do ano de 2023
Publicado: 21 Agosto, 2023 - 15h25 | Última modificação: 21 Agosto, 2023 - 17h22
Escrito por: CUT Sergipe
Pela garantia dos empregos da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), por reajuste salarial e atualização do acordo coletivo, os servidores públicos da saúde organizam uma paralisação e um ato público para o período da manhã desta terça-feira (22), a partir das 8h, em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe.
O cenário da Saúde em Sergipe é o pior possível. De acordo com o dirigente do Sindicato dos Assistentes Sociais de Sergipe (Sindasse), Anselmo Menezes, o governo de Fábio Mitidieri (PSD) anunciou que não tem dinheiro para pagar sequer o salário dos 6.636 trabalhadores da Fundação Hospitalar de Saúde até o fim do ano de 2023.
“Então tivemos 2 meses de forró pago pelo governo do estado e agora o Estado está quebrado e não tem como pagar os trabalhadores da saúde?, questiona. "Essa história está mal contada. Quem está sem dinheiro não faz festa. Recentemente vimos a publicação no Diário Oficial de Sergipe mostrando que 40 servidores da Secretaria de Estado de Saúde, estão sendo cedidos para a FHS", complementou Menezes. Ele ainda questionou como a FHS vai continuar pagando o salário desses funcionários cedidos se está sem dinheiro no Caixa. "Queremos explicações e soluções para esses problemas. Nem a população pode ficar sem assistência à saúde e nem os trabalhadores podem ficar sem os seus empregos”, protestou Anselmo Menezes.
Pior cenário
Anselmo divulgou que os servidores públicos da saúde, em especial, os celetistas não estão no orçamento do governo Mitidieri porque todas as demais categorias tiveram 2,5% e 10% de reajuste, enquanto os celetistas tiveram zero por cento de reajuste, a mesma situação que aconteceu com os trabalhadores da Fundação Parreiras Horta e da Funesa.
Segundo Anselmo, os trabalhadores da FHS também não terão reajuste sobre os benefícios do acordo coletivo."É assim que o governo Mitidieri trata os milhares de servidores públicos da saúde que enfrentaram uma pandemia, adoeceram, perderam entes queridos e ficaram com sequelas da Covid-19", criticou.
Além disso, a Ação Civil Pública (ACP) do Ministério Público Federal (MPF) pede que seja encerrado em abril de 2024 o contrato de gestão do Governo de Segipe com a FHS. “O clima é de incerteza e de insegurança para os trabalhadores que estão adoecidos e abalados emocionalmente, o que gera impacto em sua saúde como um todo. Com que cabeça vamos conseguir trabalhar sem saber como será o dia de amanhã?”, alertou Anselmo Menezes.
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