Escrito por: Iracema Corso

Ato público cobra volta da Petrobrás por investimentos e desenvolvimento de Sergipe

Movimento sindical e políticos unem forças pelo retorno da Petrobras estatal para Sergipe

CUT-SE

Pela volta da Petrobrás estatal e retomada de suas atividades no estado de Sergipe, a sede da empresa em Aracaju, localizada na Rua Acre, amanheceu na sexta-feira, dia 1º de março, com ato público dos movimentos sindical e sociais, e de vários segmentos políticos do estado de Sergipe.

O presidente da CUT Sergipe, Roberto Silva, afirmou que o protesto foi a primeira ação política entre muitas outras que serão construídas para o retorno do pleno funcionamento da Petrobrás estatal no estado.

“A Petrobrás em Sergipe é sinônimo de investimento, desenvolvimento, geração de emprego e renda e fortalecimento de diversos setores da economia do nosso estado. Infelizmente, houve uma política nefasta de desmonte e de retirada das atividades da Petrobras do nosso estado. A CUT-SE está neste movimento pelo retorno da Petrobrás estatal, uma empresa que esteja a serviço do estado brasileiro, do estado de Sergipe. Queremos trazer o presidente da Petrobras Jean Paul Prates para anunciar aqui em Sergipe o retorno das atividades da empresa no estado”, declarou Roberto Silva.

Pela direção nacional da CUT Sergipe, Ivonete Cruz, destacou a importância da contrapartida social da Petrobrás e a necessidade de apoio em pesquisa científica para impulsionar o uso de novas fontes de energia renováveis.

José Firmo (Fórum da Grande Aracaju) reforçou que a chegada e consolidação da Petrobrás em Sergipe, nos anos 60, iniciou uma nova história no estado.

“Para além da importância para a economia de vários municípios sergipanos, para além da luta dos trabalhadores, da questão classista, também tem a questão ambiental. Através das medidas mitigadoras, a Petrobras exercia um papel fundamental para o cuidado com o meio ambiente no Estado de Sergipe; assim como a defesa e incentivo da cultura sergipana”, explicou Firmo.

Dirigente da CUT Sergipe, o petroleiro Luiz Garcia, declarou que a Petrobrás no estado também é sinônimo de recordes de produção, alta tecnologia, emprego, tributos, progresso e renda.

“No Brasil, a Petrobrás mobiliza atualmente cerca de um milhão de empregos diretos e indiretos. Em Sergipe, e em todo o Nordeste, ainda se ressente os efeitos da política nefasta e negacionista de um ex-presidente revanchista, racista, genocida e homofóbico, que decidiu entregar a preço de banana, o Patrimônio Público, por não ter sido eleito na região, em 2018”, criticou Luiz Garcia.

O dirigente da CUT-SE, Luiz Garcia, também falou que a Petrobrás fez em Sergipe sua maior descoberta desde o pré-sal, o Projeto SEAP (Sergipe Águas Profundas).

“De sete campos em águas profundas na bacia Sergipe-Alagoas, com tecnologia de ponta, a Petrobrás espera extrair diariamente 20 milhões de m³ de gás natural, o equivalente a um terço da produção total brasileira e 120 mil barris de petróleo. O projeto deve gerar R$ 7 bilhões de receita anual. A exploração vai ajudar a baratear em até 50% o custo do gás natural e “reindustrializar” o estado”, explicou Luiz Garcia.

Os vereadores de Aracaju, Camilo Feitosa (PT), e Sônia Meire (Psol), o senador Rogério Carvalho (PT), os deputados estaduais Chico do Correio (PT) e Linda Brasil (Psol), o deputado federal João Daniel (PT), o ex-governador de Sergipe, Jackson Barreto (MDB), e o ex-vice-prefeito de Aracaju, Sílvio Santos (PT) .participaram da manifestação em apoio a esta luta.

No ato, foi discutida a criação na ALESE (Assembleia Legislativa de Sergipe) de uma Frente Parlamentar pelo Retorno da Petrobras Estatal, e vários projetos que já estão sendo elaborados a partir das potencialidades de Sergipe que não estão sendo aproveitadas em benefício de sua população.

Coordenador do MST/Sergipe, José Roberto alertou que o projeto político de desmonte e entrega das maiores estatais do Brasil gerou o amargo saldo de 9 milhões de famílias desempregadas e 32 milhões de pessoas passando fome no Brasil, por isso, ele defendeu a volta da Petrobrás estatal para o estado.

“Essa deve ser uma bandeira de toda a classe política de Sergipe. Não sei por que só tem um senador de Sergipe neste ato. Onde estão os demais deputados federais de Sergipe?. Esta é uma luta que depende de todos os políticos e que só vai trazer benefícios para a população sergipana”, questionou José Roberto.

A manifestação pelo retorno da Petrobrás estatal também contou com a presença do Sintect/SE, Dieese, Sindijor, Sindipetro AL/SE, Sindifisco, Sintese, Sinergia, Sindimina, Sindoméstico, Fetam / SE, FUP, FNP, MST, Sintufs, Sintes, UGT, CUT Sergipe, CUT Nacional, CSP Conlutas, Sindimarketing, PT, PSTU, Ocupação Valdice Teles, Fórum em Defesa da Grande Aracaju, Conselho Regional dos Técnicos Industriais e Movimento dos Demitidos da Petrobras de Sergipe.