Escrito por: Iracema Corso
O dia nacional de mobilização em defesa dos serviços públicos e contra a reforma administrativa foi marcado por protesto, logo cedo pela manhã, na porta da UFS, campus São Cristóvão, para fortalecer a luta em defesa da autonomia universitária.
Presidente da CUT Sergipe, Roberto Silva destacou que os trabalhadores não vão aceitar a entrega do serviço público à iniciativa privada nem a destruição das universidades públicas. “A UFS é um patrimônio do povo sergipano. Essa política de intervenção nas universidades precisa ser combatida, é algo gravíssimo. Assim como a Reforma Administrativa também vem para acabar com o serviço público, e como vai ficar a população brasileira sem educação e sem saúde públicas?”, questionou Roberto Silva.
A professora Josefa Lisboa também destacou que os interventores não têm data para sair e estão na UFS para implantar o projeto destrutivo do governo Bolsonaro que quer acabar com o ensino superior público.
“Como pensar livremente e levar seus estudantes a pensar livremente e com criticidade? Como produzir conhecimento com senso crítico qualificado para responder às demandas da sociedade? Numa universidade sob intervenção, ninguém trabalha com liberdade, todo mundo trabalha com medo! Nós professores, nos sentimos ameaçados pelos grupos reacionários de estudantes e gestores que tolhem a nossa autonomia pedagógica! Por isso a intervenção não pode continuar”, afirmou a professora Josefa.
A Reforma Administrativa favorece a perseguição política, o fim da estabilidade e do concurso público, permitindo o sucateamento de serviços essenciais prestados à população.
Como vários dirigentes da CUT, professoras do Sintese da ativa e aposentadas, previdenciários organizados no SINDIPREVSE, a vice-presidenta da CUT Sergipe, a professor Ivônia Ferreira fez questão de participar do ato e afirmou que muitos protestos ainda virão para derrubar a Reforma Administrativa.
Diante da ameaça da Reforma Administrativa, o presidente da CUT Sergipe alertou aos deputados federais, estaduais e senadores que a população brasileira será prejudicada e o movimento sindical está em alerta.
“Não vamos aceitar a entrega do serviço público à iniciativa privada. O serviço público vem sendo sucateado. Com a Reforma Administrativa, querem acabar com o concurso público e voltar com o ‘trem da alegria’, a contratação por indicação política. Quem é rico tem como pagar escola particular, saúde privada... Mas a maioria da população brasileira ganha mal, está desempregada ou sobrevive do trabalho informal. Nunca precisamos tanto do serviço público fortalecido, por isso esta é uma luta da população brasileira!”, afirmou Roberto.