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Barra dos Coqueiros: paralisação e surto de sarna em creche

Publicado: 12 Abril, 2024 - 08h01 | Última modificação: 12 Abril, 2024 - 08h10

Escrito por: Elisângela Valença - SINTESE

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Servidoras e servidores da Barra dos Coqueiros paralisaram as atividades no dia 11 de abril. A paralisação foi uma ação do SINTESE e do Sindicato dos Servidores Públicos da Barra dos Coqueiros (Sindibarra). A realidade destes servidores não tem sido fácil. São salários defasados, piso salarial do magistério desatualizado, falta de negociação com a prefeitura da cidade, e agora um surto de sarna no ensino infantil.

“É um absurdo esta situação. As secretarias da Educação e da Saúde não querem encarar da forma correta o problema, que seria fechar a escola por sete dias, para limpeza e desinfecção do ambiente, do material compartilhado, como colchões e brinquedos, além de tratar e acompanhar as pessoas contaminadas. Já são quinze servidores, além de crianças”, disse Mirlene Cardoso de Andrade, presidente do Sindibarra.

Estudantes, professores e outras categorias que trabalham nas escolas encaram uma estrutura deteriorada. Forro desabando, cadeiras enferrujadas, falta de climatização e refrigeração em salas de aula e ambientes administrativos, quadra sem cobertura compõem o cenário degradante.

“Professores de Educação Física não tem feito atividades na quadra e a situação está terrivelmente difícil com o calor, tanto dentro como fora de sala de aula”, disse Marjorie Maia, delegada sindical do SINTESE na Barra. “Tem escolas que as carteiras estão enferrujadas, quebradas; os colchões que as crianças dormem nas creches estão velhos e deteriorados; os portões da creche estão caindo, estão amarrados com arame”, disse Marjorie, citando alguns problemas.

“A Barra dos Coqueiros tem treze escolas municipais, todas com muitos problemas, inclusive as que foram inauguradas recentemente. A alimentação escolar é muito ruim e os professores aqui da rede municipal não tem revisão de piso salarial há alguns anos. Já houve alguns contatos, tanto com a secretaria quanto com o prefeito, mas só tem promessa, só promessa e as coisas não evoluem”, disse Joel Almeida, secretário geral do SINTESE.

Esta ação contou com a CUT Sergipe. “Essa paralisação conjunta, professores e demais servidores, SINTESE e Sindibarra, é fruto dessa ausência de negociação por parte do prefeito. A gente tem visto um crescimento de receita do município, um aumento generalizado de gratificações para os cargos comissionados, enquanto não há sequer negociação com servidores. Esperamos que o prefeito se abra efetivamente para negociação”, disse Roberto Silva, presidente da CUT Sergipe e do SINTESE.