Escrito por: Iracema Corso
Junte-se a nós no Barulhaço hoje 20h30. Pandemia com direitos!
Em meio ao surto de pandemia internacional do Coronavírus, o governo de Jair Bolsonaro aproveitou para cortar o direito do trabalhador às férias e ao FGTS. Em resposta a esta medida nefasta que atenta contra os direitos trabalhistas da população, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) já convoca todos para um Barulhaço hoje, segunda-feira (23/3), a partir das 20h30, nas varandas e janelas de todas as casas, para que trabalhadores de Sergipe e do Brasil possam dizer Não à Medida Provisória 927.
A idéia inicial da Medida Provisória 927, editada em pleno domingo (22/3), era deixar os trabalhadores brasileiros sem salário por até 120 dias. A Medida provisória até ganhou o apelido de MP da Morte para o trabalhador que teria que escolher: ou morre de fome ou pelo Coronavírus.
Rapidamente o assunto viralizou no Twitter com forte repercussão negativa. Horas depois, o governo retirou o artigo nº 18 da MP 927 permitindo que patrões suspendessem os contratados de trabalho por quatro meses, sem pagamento de salário. Mesmo sem a suspensão do salário, a medida continua sendo prejudicial, pois acaba com o direito dos trabalhadores às férias e ao FGTS, entre outros prejuízos.
A ação do governo federal demonstra desdém com a pandemia internacional que já matou mais de 14.632 pessoas em todo o mundo e, no Brasil, já infectou mais de 1.546 cidadãos.
Roberto Silva, presidente da CUT/SE alerta que a MP 927 é um atentado aos direitos dos trabalhadores que constroem a riqueza do País. “Os patrões têm recurso para se manterem em quarentena e os trabalhadores? Como os trabalhadores vão se manter se forem demitidos em massa e não tiverem recursos para sustentar suas famílias? Por isso somos totalmente contra mais esta medida do governo Bolsonaro que atinge o trabalhador num momento de calamidade”.
Para o presidente da CUT/SE, não é momento de cortar salário nem direitos de ninguém. Enquanto o governo da Venezuela ajuda a população durante a pandemia pagando 100% dos salários e o Reino Unido também pagando até 80% dos salários; no Brasil, o governo Bolsonaro quer retirar férias e FGTS do trabalhador, sempre prejudicando quem constrói a riqueza do País. Não vamos aceitar. Por isso convido todos a se somarem neste protesto”, convidou o presidente da CUT/SE.