Breno Altman lança livro e faz debate sobre a Palestina em Aracaju
Publicado: 05 Abril, 2024 - 16h45 | Última modificação: 05 Abril, 2024 - 17h13
Escrito por: CUT Sergipe
Nos dias 17 e 18 de abril, às 18h, na Central Única dos Trabalhadores, Breno Altman, jornalista e organizador do site e canal Opera Mundi, lança em Aracaju o livro “Contra o sionismo, Retrato de uma doutrina colonial e racista”.
Além do lançamento do livro, Altman também debate a situação da Palestina e a guerra genocida que Israel trava contra a população palestina da Faixa de Gaza. Breno Altman, que é judeu, denuncia o massacre contra o povo palestino em Gaza desde o início do conflito entre Israel e Hamas em outubro de 2023.
"O sionismo não é igual ao judaísmo, ao contrário do que as entidades sionistas e o estado de Israel querem fazer crer. O sionismo é apenas uma corrente político-ideológica surgida no final do século XIX e que, a partir da metade do século XX, se constituiu na corrente majoritária entre os judeus, particularmente no que era a Palestina. Essa corrente tem dois princípios fundamentais: a criação de um estado étnico, que é o estado judeu, o estado de Israel, um estado étnico de supremacia racial; e que esse estado fosse construído na Palestina, terra ancestral dos judeus", diferencia Breno Altman em entrevista ao Brasil de Fato.
O livro é um compilado de mais de 50 horas de participações de Altman em lives, mais análises e entrevistas, realizadas desde o início do ataque do Hamas contra Israel, revidado de forma absurdamente desproporcional por Israel.
No livro, lançado pela Alameda Editorial, Altman explica os fundamentos do sionismo, da Questão Palestina e do Estado de Israel; aponta as diferenças entre judaísmo e sionismo (que a propaganda de guerra de Israel luta para transformar em sinônimos); demonstra como o sionismo se transformou em uma ideologia racista, colonial e teocrática; e coloca como o resultado de anos de conflito foi a construção de um regime de apartheid que oprime o povo palestino de diversas formas.
“Todas e todos aqueles solidários aos povos oprimidos e engajados no combate ao racismo e ao colonialismo têm neste livro um importante instrumento de formação para a disputa narrativa que tem impacto direto sobre o presente e o futuro de Palestina/Israel”, fala Bruno Huberman, professor do curso de Relações Internacionais da PUC-SP.
Desde o início do ataque genocida contra a população palestina, o movimento sindical e movimentos sociais de Sergipe têm se manifestado. Já foram realizadas duas manifestações pela paz na Palestina e três Seminários para debater a história do povo Palestino e sua luta pelo direito de existir.