Escrito por: CUT Sergipe
Nos dias 17 e 18 de abril, às 18h, na Central Única dos Trabalhadores, Breno Altman, jornalista e organizador do site e canal Opera Mundi, lança em Aracaju o livro “Contra o sionismo, Retrato de uma doutrina colonial e racista”.
Além do lançamento do livro, Altman também debate a situação da Palestina e a guerra genocida que Israel trava contra a população palestina da Faixa de Gaza. Breno Altman, que é judeu, denuncia o massacre contra o povo palestino em Gaza desde o início do conflito entre Israel e Hamas em outubro de 2023.
"O sionismo não é igual ao judaísmo, ao contrário do que as entidades sionistas e o estado de Israel querem fazer crer. O sionismo é apenas uma corrente político-ideológica surgida no final do século XIX e que, a partir da metade do século XX, se constituiu na corrente majoritária entre os judeus, particularmente no que era a Palestina. Essa corrente tem dois princípios fundamentais: a criação de um estado étnico, que é o estado judeu, o estado de Israel, um estado étnico de supremacia racial; e que esse estado fosse construído na Palestina, terra ancestral dos judeus", diferencia Breno Altman em entrevista ao Brasil de Fato.
No livro, lançado pela Alameda Editorial, Altman explica os fundamentos do sionismo, da Questão Palestina e do Estado de Israel; aponta as diferenças entre judaísmo e sionismo (que a propaganda de guerra de Israel luta para transformar em sinônimos); demonstra como o sionismo se transformou em uma ideologia racista, colonial e teocrática; e coloca como o resultado de anos de conflito foi a construção de um regime de apartheid que oprime o povo palestino de diversas formas.
“Todas e todos aqueles solidários aos povos oprimidos e engajados no combate ao racismo e ao colonialismo têm neste livro um importante instrumento de formação para a disputa narrativa que tem impacto direto sobre o presente e o futuro de Palestina/Israel”, fala Bruno Huberman, professor do curso de Relações Internacionais da PUC-SP.
Desde o início do ataque genocida contra a população palestina, o movimento sindical e movimentos sociais de Sergipe têm se manifestado. Já foram realizadas duas manifestações pela paz na Palestina e três Seminários para debater a história do povo Palestino e sua luta pelo direito de existir.