Escrito por: Iracema Corso

Cléo e Dudu são homenageados no 14º CECUT

Na manhã do sábado (30/11), segundo dia do 14° Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores, foram feitas merecidas homenagens ao professor Dudu e à companheira Cléo. Após a exibição de dois vídeos com imagens da companheira Cléo e do professor Dudu em algumas atividades de luta sindical, foram exibidos os depoimentos sobre o professor Dudu concedidos por lideranças do movimento sindical e social no Estado de Sergipe.

Uma placa de Honra ao Mérito foi entregue ao dirigente que por três mandatos presidiu a CUT/SE com os dizeres: "Ao professor Dudu, agradecemos pela honra de contar com a sua dedicação e comprometimento durante esses 10 anos de aprendizado e muitas lutas em defesa da igualdade, solidariedade, democracia, das empresas públicas, da soberania nacional, da saúde pública, de uma educação pública libertadora e dos direitos da classe trabalhadora de Sergipe e do Brasil. Receba os sinceros agradecimentos de todos os dirigentes sindicais que constroem diariamente a Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE)".

Dirigentes sindicais da CUT/SE também entregaram à companheira Cleonice Coelho, que há 27 anos trabalha na CUT Sergipe, impulsionando lutas de varias categorias sindicais, uma Placa de Honra ao Mérito com o texto: "À grande militante, Cleonice Coelho, os nossos sinceros agradecimentos pela sua valiosa dedicação à Central Única dos Trabalhadores (Sergipe) durante esses 27 anos de luta. Você que fez da camisa da CUT a sua segunda pele merece todo reconhecimento e homenagem, porque sem você a nossa briosa central não seria a mesma".

Cléo ainda recebeu uma rosa vermelha da vice-presidente Ivônia Aparecida e a secretária de Relações de Trabalho, Caroline Santos, leu uma poesia coletiva construída por várias e vários dirigentes sindicais. Confira abaixo:


CANTO PARA UMA CUTISTA DE UNHAS E ALMA EM CHAMAS DE RUBI E CANDURA PARA A SEMEADURA DAS LUTAS


Terrível é a esperança

Que não conta com a revolução modesta

E sincera como a relva que transcende a primavera,

Mas indispensável ao levante e à guerra

Dos que cuidam na retaguarda ou no front

De abastecer de combustível e linha de avançar

A bobina necessária para a luta!

Por isso ela não cala e traquina sem distinguir sol de luar

Porque preconiza uma voz de candeia de aurora e sua ação é um noturno farol

Inexorável e simplesmente engajado contra o crepúsculo das subtrações morais e da vez,

Como uma alma que veste a camisa rubra de uma teimosia

Sem domingações ou feriações com maiôs de egoísmo de praias de desorizonte burguês

E que, sem pose de vício dirigente para ocasião e fotografia,

Com a fleuma de um sorriso embandeirado de simplicidade e princípios,

Abraça e recebe a todos e a cada um como filhos da pátria e do povo da sua condição

E carrega no seu corpo as armas de uma ternura e coragem

Que vibram em escala maior o esperançado e resultado na vitória

E estendem o lenço da bandeira que honram para adubar e solidarizar as lágrimas

Que sementeiam derrotas no terreno da aventura de homens e mulheres que não quedam

Quando ferem seus direitos e obliteram seus deveres de defesa e honra,

Porque, como Rosa de Luxemburgo e Olga Benário, não teme o poder

Ou os balidos dos seus cães!

E por tercetos e tecidos de décadas de companhia e trincheira de suor e ouvidos atentos contra sirenes e silêncios de trevas, Resistindo com pólen de néctar, colibri de voos que nos espalham e espelham na geografia do grito,

Não podemos emudecer sobre o vão da sua doação,

Pois seu rastilho de pólvora de amor e amélias de provocações nas mãos e cicatrizes de lutados dos trabalhadores, pretos e pobres nos convocam inflamavelmente a lhe dizer sem tremer:

Obrigado Cléo, pelos que lutam, pelos que sonham, pelos que foram ficando nos campos de combate e nos readubando, pela sua entrega e por nos ajudar a fazer os opressores e usurários surpreendentemente menores do que a sua ambição e voracidade de covardia contra a humanidade, sempre à prova e risco, dos trabalhadores do nosso tempo e lugar!