Escrito por: Iracema Corso
Sem o pagamento dos salários, as famílias de servidoras e servidores públicos municipais correm o risco de passar fome em pleno Natal e festas de fim de ano. Por isso, na manhã desta quinta-feira, 5/12, pela regularização no pagamento dos salários, sindicatos, professoras e professores, servidoras e servidores públicos municipais dos 75 municípios sergipanos ocuparam a porta do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e saíram em caminhada até a sede do Ministério Público Estadual (MPE).
A CUT, a Fetam e o Sintese estão presentes na construção desta luta. O problema é recorrente sempre que há mudança de gestão das Prefeituras, ou seja, essa situação humilhante se repete a cada 4 anos.
O ato na manhã de hoje cobrou dos conselheiros do TCE uma providência sobre a postura irresponsável de prefeitos que no fim de mandato não querem pagar os salários dos trabalhadores e nem cumprir com os direitos trabalhistas.
Desde novembro, as Prefeituras com irregularidades no pagamento de salários foram: Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro, Poço Verde, Itabi, Graccho Cardoso, Umbaúba, Neópolis, Maruim, Canindé do São Francisco, Santo Amaro das Brotas e São Domingos; além disso, em Itaporanga D’Ajuda, os professores estão com salários de novembro cortados.
A vice-presidenta do SINTESE, Ivônia Ferreira, comentou que as irregularidades no pagamento dos salários de novembro já são um alerta para os meses seguintes.
Diretor da CUT/SE e secretário do Sindserv Poço Verde, João Fonseca reforçou que a hora do TCE agir para cobrar o pagamento do salário dos servidores é agora. “Não dá pra aceitar que o TCE, um Tribunal fiscalizador, só venha fiscalizar depois, em fevereiro de 2025, em março, quando o servidor já sofreu vários meses sem salário, passando necessidade. Isso é inaceitável”.
Vanessa Ferreira, presidenta da Fetam e diretora da CUT/SE, destacou que quando o trabalhador recebe o seu salário, o seu 13º, ele movimenta a economia da cidade.
“Às vezes é por uma questão de vingança de quem não ganhou as eleições então deixa de cumprir com o pagamento dos salários e com o cumprimento da concessão de férias, concessão de licenças, entre outros direitos. É muito triste vermos esta realidade. Junto com o Sintese e a CUT, a Fetam está aqui hoje para fazer a defesa dos servidores públicos municipais. Todas as categorias do serviço público devem se unir em defesa dos nossos direitos”, expressou Vanessa Ferreira no protesto.
Dentro do TCE, sindicalistas conversaram com os conselheiros para que acompanhem as contas dos municípios mais de perto no intuito de que o caos de servidores municipais sem salário não se instaure no fim de mandato de todas as Prefeituras, como é de costume acontecer.
No fim da manhã de protesto, as professoras, professores, sindicalistas e servidores públicos municipais caminharam até a sede do Ministério Público Estadual para cobrar também deste ente que cumpra o papel de fiscalização e verifique por que razão há irregularidade no pagamento dos salários dos servidores, desde novembro, sendo um problema reincidente no fim de mandato das Prefeituras.