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Concepção, Estrutura e Prática Sindical é tema de formação cutista

Formação une SINDIJOR , SINDISERVE CANINDÉ, SINDIPROPRIÁ, SINDOMÉSTICA, SINDITIC, SINDASSE, SINERGIA, SINDIBARRA, SINDITEXTIL, SINTESE, GRUPO ATITUDE, ASSOCIAÇÃO S. CRUZ BREJÃO DOS NEGROS e APCBC

Publicado: 29 Março, 2014 - 18h14

Escrito por: Iracema Corso

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Com base na concepção de autonomia e liberdade sindical, em 1983 a Central Única dos Trabalhadores surgiu como uma desobediência civil e pelo esforço urgente de unificação da luta dos trabalhadores de diferentes sindicatos em todo o Brasil no fim da Ditadura Militar. O aprofundamento de tais conceitos e a contextualização na história do movimento sindical foram tópicos centrais no curso de Concepção, Estrutura e Prática Sindical Cutista, ministrado pelo assessor político e sindical Hildebrando Maia, na manhã e tarde deste sábado, 29/03, no auditório da CUT/SE.

Provocando a reflexão sobre a atual realidade do sindicalismo brasileiro, Hildebrando Maia conduziu os dirigentes sindicais a um passeio pelas origens do sindicalismo anarquista no Brasil, passando pela concepção comunista, a corrente católica, os sindicalistas verde-amarelos de Getúlio Vargas e até fustigar a curiosidade sobre experiências inovadoras de pouca visibilidade na história do Brasil como o Governo dos Trabalhadores no começo da década de 1930 no Rio Grande do Norte.

Além das provocações levantadas, a formação deixou importantes indicações bibliográficas e cinematográficas, a exemplo do livro ‘Subterrâneos da Liberdade’, de Jorge Amado, e dos filmes de Eduardo Coutinho (in memoria) Cabra Marcado pra Morrer e Peões, que contam a história da repressão do movimento sindical nos tempos da Ditadura Militar e a retomada da democracia junto às greves do ABC Paulista pelo fortalecimento dos movimentos sociais.

Os trabalhadores da Saúde no município de Aracaju, em greve por tempo indeterminado, filiados ao Sindicato dos Assistentes Sociais de Sergipe (SINDASSE), participaram do curso de formação da CUT.

“Estamos nesta luta e conseguimos dar visibilidade e obter apoio de outras categorias na última reunião do Conselho Municipal de Saúde, nosso foco é o cumprimento da Lei que estabelece a Jornada semanal de 30 horas de trabalho. Estamos realizando várias atividades de greve, mas não podemos perder nenhuma formação da CUT porque sempre obtemos um aprendizado decisivo para nossa luta. É neste espaço de formação que a gente qualifica nosso debate, amplia a capacidade de leitura crítica e consegue crescer para além do corporativismo”, relatou a presidente do SINDASSE Rosely Anacleto.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (SINDIJOR), Paulo Sousa, defendeu a independência dos jornalistas para fortalecer sua atuação junto às lutas sociais, visto que são trabalhadores com perspectiva ampla pelo contato diário com a realidade de diferentes categorias.

“Tudo começou com a união dos trabalhadores. A transformação para as conquistas passa pela união da classe trabalhadora, o ato de compartilhar soluções e problemas além da defesa de pautas fundamentais para todos nós. Então vamos precisar do apoio de todos os companheiros da CUT na luta para que haja concurso público para jornalistas, e assim tenhamos mais comunicadores independentes. Não podemos abrir mão desta conquista e o SINDIJOR vai intensificar esta frente de batalha para mudar esta realidade no Estado de Sergipe e fortalecer o trabalhador da comunicação”, garantiu.

Os direitos dos trabalhadores conforme consta na Constituição de 1988 foi outro tópico importante na reflexão coletiva devido às brechas em relação ao direito de greve e falta de garantias para evitar que o trabalhador sindicalizado seja punido ao lutar por melhorias salariais e nas condições de trabalho.

Para o vice-presidente da CUT/SE, Roberto Silva, apesar da Constituição ter deixado grande dívida para a classe trabalhadora brasileira, alguns trechos devem guiar a atuação sindical. “Ao sindicato cabe a defesa dos interesses individuais e coletivos da categoria, este é um trecho da nossa Constituição que reflete uma concepção claramente cutista. Os dirigentes precisam ter isso em mente e colocar em prática no exercício do mandato. Um trabalhador alcoólatra ameaçado de demissão pela empresa é um exemplo de situação que demanda intervenção do sindicato”, apontou.

TRANSFORMAÇÃO SOCIAL – Presidente do SINDITÊXTIL, Dilson Gama, avaliou a história recente de divisão de categorias em diferentes sindicatos como vantajosa apenas para o patrão, assim como o sindicalismo de resultado que não quer nenhuma mudança social.

“Há 10 anos tínhamos muito menos sindicatos, mas o trabalhador era bem mais unido. Muitos sindicatos hoje não tem noção do seu próprio poder de mudança, intervenção e transformação da realidade. Precisamos estar juntos para trocar esta experiência. Nenhum sindicalista deve esperar que a mudança venha dos Governos nem dos Parlamentos, porque eles sempre se posicionam e agem a favor do capital. A sociedade não vai avançar sem organização e fortalecimento sindical”, observou.

Contra esta visão de concorrência sindical que parece igualar as centrais sindicais a empresas privadas, a presidente do Sindicato dos Servidores da Barra dos Coqueiros (SINDIBARRA), Verônica Silva, alerta que a luta é o que deve guiar os trabalhadores a se unirem pelo fortalecimento, independência e capacidade de mobilização.

“São lições importantes que aprendemos na atuação junto à CUT, que ela é formada por nós, trabalhadores, militantes e nós temos a responsabilidade de dar o direcionamento de suas ações. Nem sempre os trabalhadores conseguem visualizar, mas o que nós da diretoria podemos dizer é que o apoio da CUT tem sido fundamental na assessoria jurídica e formação sindical. A atenção e suporte que a trabalhadora Cleonice Coelho dá ao sindicato é algo fundamental. Sem a orientação e suporte da CUT/SE ao SINDIBARRA não conseguiríamos avançar na luta e dar passos fundamentais para a organização da nossa categoria”, Verônica Silva.

Também participaram do Curso de Formação dirigentes do SINDISERVE CANINDÉ, do SINDIPROPRIÁ, do SINDOMÉSTICO, do SINDITIC, SINERGIA, SINTESE, GRUPO ATITUDE, ASSOCIAÇÃO SANTA CRUZ BREJÃO DOS NEGROS e ASSOCIAÇÃO de PROPRIETÁRIOS de CANOAS de TRANSPORTES e FRETES do MUNICÍPIO BARRA dos COQUEIROS.

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