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Correios desconta salário do trabalhador, mas greve segue forte com ato em Lagarto

Publicado: 02 Setembro, 2020 - 16h09 | Última modificação: 02 Setembro, 2020 - 16h19

Escrito por: Iracema Corso

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Parte do salário dos trabalhadores dos Correios, em greve nacional, foi indevidamente cortado pelo governo Bolsonaro. De acordo com o dirigente do SINTECT/SE e secretário da CUT, Jean Marcel, a Federação de Trabalhadores dos Correios já entrou com ação para que o governo devolva o dinheiro dos trabalhadores e a luta continua com protesto nesta quinta-feira (3/9), no município sergipano de Lagarto.

Já são 16 dias de greve nacional dos trabalhadores dos Correios em defesa do Plano de Saúde e contra a perda de direitos. Na última terça-feira (1/9), o TST publicou uma liminar afirmando que a empresa dos Correios não pode descontar o salário dos trabalhadores, assim como 70% do serviço dos Correios precisa ser mantido até o fim do dissídio.

De acordo com Jean Marcel, esta perversidade do Governo Bolsonaro para intimidar e tentar enfraquecer a greve já era esperada. “O efeito foi o contrário, os trabalhadores dos Correios ficaram ainda mais revoltados. De forma injustificada a empresa fez o desconto do salário e tem agido de forma truculenta para acabar com 70 cláusuras do Acordo Coletivo que representam direitos dos trabalhadores”, criticou.

Jean Marcel explicou que a intransigência do governo em massacrar os trabalhadores é o que tem gerado enorme prejuízo à empresa dos Correios. “Fica claro que o objetivo é privatizar os Correios. Estamos falando de uma empresa lucrativa que aumentou os rendimentos na pandemia. Qual o sentido de cortar direitos dos trabalhadores? Só não é para fazer economia. E o prejuízo que a greve gera para a empresa? Será que eles não pensam nisso?São muitas medidas para nos pressionar, mas os trabalhadores estão conscientes, unidos e o movimento segue forte até a vitória”.

Outra demonstração dos efeitos da greve, segundo o dirigente sindical, foi a circular lançada na segunda-feira orientando os atendentes que não aderiram a Greve a fecharem a agência e irem para a distribuição. “Esse é o momento que aqueles que ainda não foram tocados pela necessidade dessa luta se juntar nessa Batalha”, acrescentou Jean Marcel.

A greve dos Correios em Sergipe também vem conquistando o apoio de militantes dos partidos políticos de esquerda. O deputado federal João Daniel (PT) fez um pronunciamento favorável e várias lideranças têm demonstrado apoio nas redes sociais.