MENU

CRIANÇA NÃO É MÃE! ESTUPRADOR NÃO É PAI!

Publicado: 10 Outubro, 2025 - 10h55 | Última modificação: 10 Outubro, 2025 - 10h59

Escrito por: CUT Sergipe

notice

Neste 10 de outubro, Dia Nacional da Luta Contra a Violência à Mulher, o Coletivo de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT-SE) repudia a violência machista praticada pela Câmara Municipal de Aracaju na última quarta-feira, dia 8 de outubro, durante uma audiência especial sobre o Projeto de Lei do Estupro como é chamado o Estatuto do Nascituro que, na prática, impede o aborto legal em casos já previstos por lei:
1. Gravidez fruto de estupro;
2. Gravidez que coloca a vida da gestante em risco; e
3. Casos em que o feto não se desenvolveria e nem sobreviveria como anencefalia.

Em forma de Projeto de Lei, essa violência machista expressa a perversidade do patriarcado que quer torturar a mulher e a criança, vítimas de estupro, obrigando-as a gestar o filho do seu estuprador. Isso é uma tortura psicológica com duração de 9 meses, uma crueldade sem fim.

É medieval a atitude de obrigar uma mãe a continuar uma gestação que coloca a vida da gestante em risco. É uma ação que subjuga a mulher e nega os seus direitos humanos, tornando-a submissa e impotente em relação ao seu próprio corpo e à sua própria gestação.

A CUT-SE repudia também a Câmara de Vereadores de Aracaju por impedir a fala e expulsar as mulheres e homens feministas que foram protestar na audiência contra o PL do Estupro, que visa criminalizar mulheres e crianças violentadas proibindo que interrompam a gestação. O Coletivo de Mulheres da CUT-SE vai lutar contra mais essa violência machista que tenta submeter e diminuir as mulheres enquanto seres humanos.