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CUT e Sindicatos exigem valorização de todos trabalhadores da Rede Estadual de Saúde

"Não somos contra nenhuma categoria, mas queremos igualdade e não discriminação”, afirmou o assistente social e dirigente sindical Anselmo Menezes

Publicado: 12 Junho, 2021 - 06h22 | Última modificação: 12 Junho, 2021 - 08h11

Escrito por: Iracema Corso

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Com salários defasados, Acordo Coletivo vencido desde 2014 e várias pautas trabalhistas pendentes, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e técnicos em nutrição, farmacêuticos, fisioterapeutas, entre vários outros trabalhadores da saúde de Sergipe ficaram indignados com a decisão do governador Belivaldo Chagas e da maioria dos deputados estaduais de novamente valorizar apenas uma categoria profissional da saúde e excluir todas as demais.

Em resposta a esta medida injusta e desigual, os sindicatos estão organizando um protesto. A manifestação será na próxima quarta-feira, dia 16 de junho, das 7h às 10h da manhã, na porta da Secretaria de Estado da Saúde. Antes disso, os trabalhadores da saúde entregarão um ofício com sua pauta de reivindicação aos deputados da Assembleia Legislativa de Sergipe e à Secretaria de Estado da Saúde.

O assistente social Anselmo Menezes, dirigente do SINDASSE (Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado de Sergipe), alertou que a maioria dos profissionais da saúde estão sem receber sequer o adicional por insalubridade no grau máximo, isso há mais de um ano de luta contra a pandemia da Covid, que diariamente contamina mais de 1.600 sergipanos ultrapassando a lotação de hospitais e UTIs.

“As pessoas contaminadas por Covid são atendidas nas unidades de saúde por equipes multiprofissionais. Assim, vários trabalhadores da saúde seguem desvalorizados pelo governo de Sergipe e sem qualquer estímulo para continuar arriscando suas vidas no combate contra a Covid, entre outras doenças que acometem a população assistida pela saúde pública”, afirmou Anselmo.

 

MAIS DESIGUALDADE SALARIAL

Mychelyne Guerreiro, Coordenadora geral do SINDINUTRISE (Sindicato de Nutricionistas e Técnicos em Nutrição do Estado de Sergipe) ressaltou que a dívida do governo de Sergipe com todos os trabalhadores da saúde, acumulada ao longo do tempo, precisa ser paga.

“Essa indiferença com a saúde tem causado grandes prejuízos aos trabalhadores, não apenas financeiro, mas físico e emocionalmente. Os trabalhadores estão exaustos. Continuam nos postos de trabalho salvando vidas e reduzindo os danos causados à população. O Governador precisa resolver de uma vez por todas esta situação. É preciso reconhecer que sem os trabalhadores da saúde, sem as equipes multiprofissionais, a atual crise sanitária seria ainda mais crítica. Basta de desvalorização, a nossa luta é por respeito e dignidade. É aprovar o ACT/FHS, fazer cumprir o PER e revisar as tabelas salariais ao menos. Essa luta é urgente”, reforçou Mychelyne.

Dirigente do SINPSI (Sindicato dos Psicólogos de Sergipe), Edmundo Freire falou sobre os psicólogos. "Categorias como nós, psicólogos, enfrentam um aviltamento imenso, uma defasagem salarial grande, há muitos anos. Diante deste contesto, avalio como absurda a concessão de duas gratificações para uma categoria, enquanto os demais trabalhadores seguem sem gratificação e com direitos negados. Isso é muito grave. Esperamos que o governo do estado e demais agentes políticos revejam este tipo de ação infeliz e sem noção”, afirmou Edmundo.

A mobilização dos trabalhadores da saúde por igualdade no direito à valorização salarial é construída no momento pela CUT, SINDASSE, SINDINUTRISE, SINTRAFA, SINDIFARMA, SINTASA e SINPSI.