Escrito por: CUT Sergipe
A Secretaria de Combate ao Racismo da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe) vem a público repudiar a ação da Polícia Militar no bairro 17 de Março, no último domingo, dia 16/1, que resultou na morte de Daniel dos Santos, de 26 anos, morador da periferia de Aracaju.
A Polícia Militar informa que houve troca de tiros e a morte ocorreu em uma situação de confronto. No entanto, em vídeo divulgado nas redes sociais, a população do bairro nega que houve tiroteio e manifesta sua revolta pela morte do vizinho. Não existe pena de morte no Brasil. Não podemos normalizar a execução da população moradora da periferia pelas mãos do Estado.
A Direção da CUT Sergipe cobra respostas do Governo Belivaldo sobre esta morte e vai acompanhar a apuração da Comissão de Direitos Humanos da OAB que compareceu ao local no mesmo dia para desvendar o que de fato ocorreu.
O SINTESE também se manifestou sobre o ocorrido através de Nota Pública divulgada nas redes sociais.
“O Coletivo de Combate ao Racismo do Sintese, motivado pelo sentimento versado entre tristeza e indignação vem reprovar a atitude violenta cometida pela Polícia Militar contra pessoas pobres e periféricas, moradores do Bairro 17 de Março, vítimas da necropolítica, das atrocidades perpetradas pelos órgãos de repressão do Estado.
Urge apurar se existe orientação expressa do governo de plantão, semelhante às ações genocidas desenvolvidas pelo bolsonarismo para que a força policial assuma a função de justiçamento, permitindo que essa violência oficial esteja ligada à violência estrutural manifestadas nas desigualdades sócio raciais como o caso em tela.
O Sintese se solidariza e repudia qualquer ação arbitrária voltada para a manutenção de uma ordem social desigual, hierárquica concentrando a repressão nos bairros da periferia de Aracaju”.