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CUT participa de debate no Fórum de Combate ao Trabalho Escravo em Sergipe

Publicado: 31 Janeiro, 2025 - 11h39 | Última modificação: 31 Janeiro, 2025 - 11h50

Escrito por: Iracema Corso

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O Ministério Público do Trabalho, em parceria com o Instituto Social Ágatha, organizou o III Fórum de Combate ao Trabalho Escravo em Sergipe no dia 28 de janeiro, terça-feira. A atividade marcou o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo que lembra o assassinato de três auditores-fiscais do Trabalho e um motorista, em 2004, na cidade de Unaí, em Minas Gerais, durante investigação de denúncia de trabalho escravo.

O Grupo de Teatro Mamulengo de Cheiroso apresentou a peça ‘Quem vê cara, não vê coração. Trabalho sim, escravidão não!’ para mostrar como ainda acontece no Brasil a exploração em condições análogas ao trabalho escravo e a importância de denunciar esta exploração para que os criminosos que lucram com o trabalho escravo sejam punidos.

A secretária de Relações do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Josivania Joaquina dos Santos, estava presente no III Fórum de Combate ao Trabalho Escravo em Sergipe.

“A CUT/SE apoia esta iniciativa do Ministério Público do Trabalho de informar a população. Iremos buscar maneiras de multiplicar conhecimento. Os debates com várias instituições presentes foram muito bons. Inclusive a Cáritas, que tem um trabalho com a população imigrante e uma parceria com a Polícia Federal, realiza um programa muito amplo que aborda as condições de trabalho até o abuso infantil, pois crianças e jovens são exploradas. O teatro do Mamulengo cheiroso levou a informação de prevenção ao trabalho escravo de forma clara e divertida”, declarou Josivania Joaquina.

A secretária de Relações do Trabalho da CUT/SE destacou que toda a população precisa conhecer as formas de enganação para levar os trabalhadores para fora de seus estados e para longe das famílias, com a ilusão de que vai ganhar muito dinheiro porque, chegando lá o trabalhador encontra ambientes de trabalho deploráveis e acabam se tornando prisioneiros.

“Trabalho escravo é um tema muito importante porque, em pleno século 21, com um mundo tão moderno, a gente ainda segue com o ser humano se aproveitando da fragilidade econômica e emocional para explorar a força de trabalho de forma desumana”, registrou Josivania Joaquina.

A mesa de abertura do Fórum foi composta pelo procurador-chefe do MPT-SE, Márcio Amazonas, a procuradora da República Gabriela Barbosa Peixoto, o juiz do Trabalho e gestor regional do Programa Nacional de Enfrentamento ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas e de Proteção ao Trabalho do Migrante, Henry Macedo, o promotor de Justiça e diretor do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos do Ministério Público de Sergipe (MPSE), Luis Cláudio Almeida, o procurador-geral do Ministério Público de Contas do Estado de Sergipe (MPCSE), Eduardo Côrtes, o secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo, Jorge Teles, e a presidente do Instituto Social Ágatha, Talita Verônica.

Além do teatro, o Fórum contou com palestras da delegada da Polícia Federal Paula Cecília Alves sobre ‘Atuação da Polícia Federal no combate ao crime de redução de pessoa a condições de trabalho análogas à escravidão’, e da auditora-fiscal do Trabalho Daniela Vasconcelos que abordou ‘A Inspeção do Trabalho e os Aspectos Técnicos das Fiscalizações do Trabalho em Condição Análoga à de Escravo’.

Crédito Imagens: MPT

Com informações do Ministério Público do Trabalho
Acesse o link e saiba mais:
https://prt20.mpt.mp.br/procuradorias/prt-aracaju/1445-arte-e-conscientizacao-mpt-se-comeca-campanha-contra-o-trabalho-escravo-em-sergipe