Escrito por: Iracema Corso
Manifestação na porta do Palácio do Governo reuniu moradores de Capela, movimento sindical e vereadores da região prejudicada
Contra o fechamento da Maternidade de Capela, dezenas de moradores da cidade vieram até Aracaju para protestar na manhã desta terça-feira (29/10) na porta do Palácio do Governo.
Professor em Capela e dirigente do SINTESE, Jailson Correia é um dos organizadores do ato e contou sua história pessoal.
“Eu tive a felicidade de ter uma filha que nasceu em Capela, o parto foi cesariano, perfeito, a maternidade de Capela é uma maravilha. O Governo precisa investir, disponibilizar recursos para que a maternidade não feche, para que as mães de Capela não sofram, não tenham que perder seus filhos na estrada. Com o fechamento da Maternidade, a mulher capelense tem que viajar 70km para parir, neste percurso pode acontecer muita coisa. Esta é uma maternidade que também atende à população de Dores, Siriri, Japaratuba, Muribeca, Rosário do Catete, Aquidabã, Japoatã, Maruim, além de Capela, são 9 municípios. Estamos falando de todo o Leste Sergipano e o Vale do Cotinguiba. Não dá para o Governo do Estado tomar esta medida e deixar a população desassistida”, destacou o professor Jailson Correia.
Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), o professor Rubens Marques recebeu o convite dos professores de Capela que são dirigentes do SINTESE para participar da manifestação.
“O funcionamento e o fortalecimento da Maternidade de Capela é uma pauta que vai além do movimento sindical, essa é uma pauta do povo que todo mundo abraçou. Quem pode reverter o que o governador fez, o fechamento da Maternidade de Capela, não é o Ministério Público, não é o Judiciário, é o povo na rua. E o povo de Capela veio com força pra construir este ato e contou com o apoio do movimento sindical. O SINTESE, por exemplo, deu uma grande contribuição através de seus dirigentes sindicais que atuam na cidade de Capela. Eu não tenho dúvida que esta luta será vitoriosa e a Maternidade de Capela será reaberta em prol da família dos trabalhadores e trabalhadoras que precisam da saúde pública em toda a região”, avaliou o dirigente sindical.