CUT/SE pede intervenção do MPE contra Carreata de Empresários Sergipanos
Com mais de 2 mil sergipanos contaminados por Coronavírus, os empresários mostram desdém pela vida dos trabalhadores quando pedem reabertura do comércio de Sergipe
Publicado: 15 Maio, 2020 - 17h41 | Última modificação: 15 Maio, 2020 - 17h47
Escrito por: Iracema Corso

A Central Única dos Trabalhadores CUT/SE pediu intervenção e denunciou ao Ministério Público, na manhã desta sexta-feira (15 de maio), a Carreata pela reabertura do comércio sergipano, anunciada para ocorrer no próximo domingo (17/5).
Em ofício enviado ao Ministério Público do Estado, a CUT/SE alertou que a carreata descumpre o Decreto nº 40.588, de 27 de abril de 2020, que proíbe eventos e reuniões de qualquer natureza, de caráter público ou privado.
No documento, a CUT assinala que: “Enquanto Central Sindical, representantes da classe trabalhadora sergipana e preocupados com ampliação do número de contágio, pois entendemos que a reabertura do comércio afetará especialmente os trabalhadores sergipanos, solicitamos intervenção para que o citado evento seja interrompido”.
Roberto Silva, presidente da CUT/SE, assinou o documento enviado ao MPE e lamentou o momento que a população brasileira está enfrentando.
“Como se não bastasse esta pandemia internacional que já matou mais de 13 mil brasileiros e já contaminou mais de 2 mil sergipanos, ainda temos que lidar com o desafio político de lutar contra a direita antiética brasileira, sem escrúpulos que se mantém protegida, mas quer que o trabalhador se exponha ao risco de doença e morte, pois o lucro não pode parar. Esta carreata é irresponsável e desumana, diante do cenário que vivemos com tantas mortes acumuladas a cada dia que passa”, afirmou o presidente da CUT/SE.