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CUT Sergipe integra Comitê em Defesa da Autonomia Universitária

Publicado: 18 Janeiro, 2021 - 16h56 | Última modificação: 18 Janeiro, 2021 - 17h02

Escrito por: Iracema Corso

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O lançamento do Comitê em Defesa da Autonomia Universitária aconteceu na manhã desta segunda-feira, dia 18/1, na Reitoria da UFS, campus São Cristóvão. A Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) participou da atividade política através do presidente Roberto Silva, que registrou o apoio na luta contra a intervenção na UFS.

Para o presidente da CUT Sergipe, não há como compreender o que tá acontecendo na UFS e em várias outras universidades públicas federais, senão como parte do golpe contra a democracia, iniciado em 2016.

“A MP da Reforma do Ensino Médio é parte deste golpe. É um projeto do governo golpista de Temer que está sendo implantado agora, na calada, com Bolsonaro. Para se ter uma ideia do desmonte do ensino médio que está em curso, querem reduzir o ensino de geografia, história e demais ciências humanas para acrescentar empreendedorismo, entre outras disciplinas. Ao mesmo tempo, vemos o ataque às universidades, com os interventores que começam a destruir políticas públicas implantadas”, discursou Roberto Silva, durante o protesto.

O presidente da CUT Sergipe destacou a importância da unidade nesta luta. “É sério o desmonte da educação básica, do ensino médio, do fundamental e superior. Mais do que nunca, a unidade da classe trabalhadora pelo fora Bolsonaro é necessária. Viemos também dizer à professora Liliádia: peça pra sair. A história vai lhe registrar como uma interventora que atacou a autonomia universitária, e nós não vamos esquecer nunca... Mais uma vez, todo o apoio à democracia e à autonomia universitária”, reforçou.

Vice-presidenta da ADUFS (Docentes da UFS), a professora Josefa Lisboa agradeceu o apoio de várias organizações do movimento sindical, do movimento social, mandatos políticos e partidos de esquerda que se somaram e manifestaram apoio nesta luta em defesa da democracia na UFS.

“Hoje é um dia de esperança. Agradecemos a sensibilidade de vocês, o acolhimento desta luta que fortalece a universidade pública. O governo federal não tem compromisso com a vida, com a economia, com a educação, com a saúde de todos nós, mas a gente vê hoje no mundo a possibilidade de derrotar a Covid 19. E diante da irresponsabilidade deste governo, estamos aqui com mais de 19 entidades que resolveram nos apoiar”, afirmou a professora.

Presidente do SINTUFS (Trabalhadores da UFS), Vagner Vieira, denunciou que a interventora nomeada no dia 23 de novembro para organizar novas eleições para a reitoria da UFS, até agora não divulgou o calendário das eleições que seguem sem previsão de ocorrer.

“Fora Liliádia, fora Bolsonaro. A justificativa dela para estar na reitoria é de fazer uma eleição, mas até agora a gente não viu nada referente a esta eleição. Quando questionamos sobre o calendário e como funcionaria esta eleição, ela respondeu: depende do MEC. Perguntamos: vai ter aula presencial? De novo ela respondeu: depende do MEC. Então é uma pessoa que não foi eleita e não tem responsabilidade com a comunidade universitária nem com os trabalhadores universitários”, criticou.

Segundo Vagner Vieira, presidente do SINTUFS, uma nova reunião do Comitê em Defesa da Autonomia Universitária está prevista para a próxima quarta-feira, dia 20/1.

Imagem: SINTUFS