Escrito por: Iracema Corso

Denúncia da CUT e de moradores de Estância gerou audiência extra-judicial com Maratá

Problemas ambientais provocados em Estância pela fábrica de sucos deverão ser resolvidos no prazo de 90 dias

A denúncia de danos ao meio ambiente provocados pela empresa Maratá Sucos Nordeste, feita pela Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), pela Associação de Moradores do Bairro Pedro Barreto Siqueira, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Estância (Sindisa) e pelo mandado do Vereador Arthur, já está sendo apurada pelo Ministério Público Estadual (MPE). Devido ao odor cítrico insuportável e danos na rede de captação de água do SAAE, 13 milhões de litros de água foram descartadas e nos dias 2 e 18 de setembro, a captação precisou ser interrompida. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) realizou uma vistoria na fábrica e emitiu um relatório apontando 12 irregularidades no trato com o meio ambiente. A Adema, entidade licenciadora do empreendimento, foi acionada e está ciente do problema. O abaixo assinado da população bem como o relatório técnico comprovando as irregularidades foram entregues ao MPE no dia 23 de setembro. Na mesma data, a Maratá foi notificada e compareceu a uma audiência extra judicial no dia 28 de setembro. Na audiência, representantes da empresa Maratá afirmaram que o problema já está sendo resolvido e que nos últimos dias a situação melhorou consideravelmente. A empresa tem um prazo de 90 dias para apresentar uma solução técnica aos problemas ambientais denunciados pela CUT bem como pela população do bairro Alagoas, no município de Estância. A cada 30 dias a Maratá também deverá apresentar um cronograma das ações que foram tomadas para resolver o problema. A Adema tem um prazo de 20 dias para apresentar um relatório de fiscalização. Vice-presidenta da CUT Sergipe e moradora da cidade de Estância, a professora Ivônia Ferreira afirmou que os moradores e o movimento sindical vão continuar em alerta até que o problema seja totalmente resolvido.