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DIA 29: reunião na Secretaria de Estado da Saúde vai tratar de ACT/FHS 2022/2023

Trabalhadores da saúde excluídos do projeto que aprovou o reajuste salarial de 34,44% amargam 8 anos de total congelamento salarial e querem avanços nas cláusulas econômicas do ACT 2022/2023

Publicado: 28 Março, 2022 - 17h55 | Última modificação: 28 Março, 2022 - 18h06

Escrito por: Assessoria de Comunicação CUT Sergipe

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Às 14h30 desta terça-feira, dia 29/3, haverá uma reunião na Secretaria de Estado da Saúde com representantes sindicais dos enfermeiros, médicos, auxiliares de enfermagem, condutores de ambulância, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas e técnicos em nutrição, fisioterapeutas, farmacêuticos e trabalhadores administrativos da saúde, vinculados a FHS(Fundação Hospitalar de Saúde) para discutir o Acordo Coletivo de Trabalho 2022/2023. A expectativa dos trabalhadores da saúde é que após 8 anos de arrocho salarial, o Governo do Estado recomponha os salários defasados de todos os trabalhadores e não apenas de um grupo.

Ao anunciar o reajuste de 34,44% aos servidores públicos do Governo de Sergipe, o governo Belivaldo enganou uma grande parcela dos trabalhadores do Estado que estão há mais de 8 anos sem qualquer atualização salarial e interpretaram que seriam contemplados desta vez. Pura maldade.

Com a publicação do Projeto de Lei 67/2022, enviado para a Assembleia Legislativa no dia 15 de março, boa parcela dos servidores públicos entendeu que tudo não passou de um ‘jogo de ilusionismo’, pois os empregados públicos das três fundações(FHS, FSPH e Funesa) não receberam nada, nem 5% e muito menos 34,44% de reajuste salarial.

Segundo a informação divulgada no site do Governo de Sergipe, os servidores da Saúde dos cargos de nível superior das áreas de Odontologia, Enfermagem e Física Médica (Grupo Ocupacional Superior da Saúde II - GOS II), e Superior III (GOS – III), que abrange as áreas de Ciências Médicas, assim como os das carreiras de Engenharia e Arquitetura (PCCV) terão reajuste de 10% nos seus vencimentos. As demais carreiras da Administração Direta e Indireta receberão aumento linear de 5%.

Enquanto isso, várias categorias de trabalhadores da Fundação Hospitalar de Saúde(FHS), Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e Fundação de Saúde Parreiras Horta(FSPH), fundações públicas de direito privado, vão ficar com 0% de reajuste. Justamente este grupo que representa a maioria dos trabalhadores da saúde do Estado de Sergipe, aqueles que perderam a sua saúde e suas vidas, contaminaram suas famílias, enfrentaram a Covid-19 desde o início trabalhando presencialmente no lugar mais perigoso desta guerra contra o vírus.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), Roberto Silva, avaliou como perversa a decisão política de Belivaldo de manter o massacre e o arrocho salarial dos servidores do Estado que já estão há 8 anos sem reajuste algum e com o salário completamente corroído pela inflação.

“O Governo anunciou um reajuste de 34,44% aparentemente para os servidores, mas na vida real a grande maioria dos servidores vai ter apenas 5%. Os companheiros da FHS, Funesa e FSPH não terão nenhum reajuste. Isso é inaceitável, é muito grave, gera muita revolta e indignação. Lutamos pelo reajuste de 34,44% para todos, pois a perda que o servidor tem hoje é de 60%, conforme o estudo apresentado pelo Dieese Sergipe”, afirmou Roberto Silva.

O presidente da CUT Sergipe afirmou que o Governo tem dinheiro suficiente tanto para pagar tanto o reajuste dos servidores como para cumprir a lei do Piso do Magistério.

“O Governo tem dinheiro para dar o reajuste de 34,44% para todos os servidores e para pagar o Piso dos Professores, mas prefere usar o falso discurso de que não tem dinheiro, cria Fake News na sociedade provocando a população contra os servidores. Além disso, o Governo não quer debater sobre o assunto. Por isso não tivemos negociação, mas só informes do secretário de Administração que sentou com os sindicatos para informar a decisão do Governo. Não vamos acatar a decisão absurda do Governo de prolongar o massacre do servidor, queremos negociar e exigimos valorização”, afirmou Roberto Silva.

O assistente social do HUSE e dirigente sindical, Anselmo Menezes, acompanhou junto a vários trabalhadores da saúde, no dia 23 de março, no ato em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe, a votação dos projetos de lei enviados pelo Governo do Estado.

“O aparato policial gigantesco para reprimir os trabalhadores que estão há mais de 8 anos sem reajuste salarial e com a remuneração toda corroída pela inflação é mais um absurdo do Governo Belivaldo. O governador anunciou que iria conceder reajuste de 34,4%, mas para os trabalhadores da Fundação Hospitalar de Saúde, este anúncio foi só uma maldade. Queremos reparação salarial e justiça social, somos nós que fazemos a roda girar”, afirmou Anselmo Menezes (SINDASSE).

Manifestação no Dia 1º de Abril
Anselmo Menezes antecipa que a luta vai continuar caso o Governo insista em não repor as perdas salariais dos trabalhadores da FHS. Inclusive já tem protesto marcado para o dia 1º de abril na porta da Secretaria de Estado de Saúde

“Este governo tem causado danos irreparáveis para nós, trabalhadores da saúde da Fundação Hospitalar de Saúde. Hoje nós, celetistas, somos a maioria na FHS. Este governo virou a cara para os celetistas das 3 fundações de saúde, por isso vamos lutar até mudar essa história triste de desvalorização dos trabalhadores”, afirmou Anselmo.

Para o dirigente sindical, o protesto é a única forma de ser ouvido pelo Governo Belivaldo que tem se mantido surdo ao apelo da maioria dos sindicatos de trabalhadores da saúde desde o início da pandemia.