Dois dias de Greve nacional em defesa da educação e aposentadoria
Publicado: 27 Setembro, 2019 - 19h40 | Última modificação: 27 Setembro, 2019 - 19h50
Escrito por: Iracema Corso
Os cortes na educação se aprofundam. A resposta dos movimentos estudantil, sindical e social contra a destruição da educação pública é a greve nacional com protestos em todos os estados do Brasil, nos dias 2 e 3 de outubro (quarta e quinta-feira).
No dia de hoje, as lideranças estudantis, sindicais e militantes sociais se reuniram na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) para organizar os protestos que acontecerão em Aracaju durante os dois dias de greve nacional.
O professor Roberto Silva, diretor de Formação da CUT/SE e vice-presidente do SINTESE, explicou que esta é uma Greve Nacional da Educação, puxada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), com o apoio e construção conjunta dos sindicatos e movimentos sociais. “Estamos vendo a destruição do ensino superior, do ensino básico, da educação pública como um todo. Queremos mostrar para a sociedade a gravidade disso. O Sintese paralisa pela pauta nacional e também porque o governo enviou à Assembleia Legislativa um projeto de lei para culpabilizar e punir professores. Nós entendemos que toda avaliação serve para superar os problemas que existem na educação”.
Agenda de Luta
No dia 2/10, o Sintese (Professores) fará um ato em frente à Seduc (Secretaria de Educação, do Esporte e da Cultura), denunciando a privatização do Ensino público e a entrega da política pedagógica à iniciativa privada. Na mesma data, o SINASEFE (IFS) fará o Mobiliza Pela Educação, num formato de ‘feira cultural’ com teatro, palestras, atividades físicas, em frente ao IFS.
No dia 3/10, às 14h, está prevista uma manifestação na porta do Palácio dos Despachos reunindo todos os sindicatos, população e movimentos sociais em caminhada pelas ruas de Aracaju.
Pela proximidade da votação da Reforma da Previdência no Senado, esta pauta de luta também será denunciada nas manifestações da greve nacional. “Senhores senadores e senhora senadora, vocês têm certeza de que querem entrar para a história como os políticos que destruíram a aposentadoria do povo brasileiro? Pensem bem antes de votar. O movimento social está de olho e vamos denunciar todos os dias quem votou contra o direito da aposentadoria do trabalhador”, destacou Rubens Marques, presidente da CUT/SE, o professor Dudu.
Dudu alertou que a manifestação será na porta do Palácio dos Despachos porque o governador Belivaldo Chagas tem adotado uma política alinhada ao governo Bolsonaro. “Os deputados federais alinhados a Belivaldo votaram todos a favor da Reforma da Previdência, com exceção de João Daniel. E agora o secretário de Estado da Fazenda está na capa dos jornais dizendo que vai encaminhar a Reforma da Previdência Estadual para a Alese. A política de educação de Belivaldo é ultra-liberal, é uma política de compra de pacotes. Além disso, aqui a escola mais precarizada fica sem recurso e a escola que já apresenta bons resultados tem investimento. Isso é um absurdo. O Estado precisa cuidar da educação como um todo, ao invés de aplicar esta lógica capitalista. Outra decisão errada é implantar o ensino integral precarizado em várias escolas sem dialogar com os pais e comunidade escolar. Isso tem gerado a evasão”, criticou o professor Dudu.
Em defesa da educação pública e da previdência pública, toda a população sergipana pode participar do protesto.