Escrito por: CUT Sergipe
'PÓS-GRITO DOS EXCLUÍDOS: A SITUAÇÃO DA PALESTINA' é o debate que aconteceu na noite da sexta-feira, dia 20/10, com os professores Ahmed Zogbi do CEAI/UFS e Geraldo Campos, professor do Departamento de Relações Internacionais (DRI/UFS).
A atividade ocorreu na Paróquia São Pedro Pescador, no Bairro Industrial, em Aracaju, realizada pelo CEBI/CUT/CONLUTAS, e reuniu a população de Aracaju interessada em compreender com profundidade a guerra pelo território palestino.
O professor Ahmed Zogbi contou toda a história da Palestina desde os tempos do império Otomano até a chegada do povo judeu e a expulsão do povo palestino que continua acontecendo até os dias de hoje.
"Os palestinos foram proibidos de voltar às suas casas. Só em 1948, mais de 700 mil palestinos foram expulsos de suas casas", afirmou o professor Ahmed Zogbi.
Ao longo dos 75 anos de violências praticadas contra o povo palestino, o professor denunciou que o ocidente não reconhece o Estado Palestino. "Hoje aqui o nosso papel é não permitir o apagamento do povo palestino. Eles existem e nos ensinam a lutar. Eles resistem a 75 anos de ocupação e eles são um exemplo de resistência para todos os povos oprimidos do mundo", declarou Zogbi.
O professor Geraldo Campos destacou que o que houve e continua havendo na Palestina é 'limpeza étnica'. “Israel está cometendo crimes contra a humanidade”, observou.
O professor Geraldo Campos revelou que em localidades como Cisjordânia e Jerusalém onde não existe o Hamas, mesmo assim existem dispositivos raciais para manter a dominação. “O que os palestinos estão dizendo é: somos um povo como outro qualquer e merecemos ter direitos", afirmou.
O professor Geraldo Campos declarou que: "o estado israelense tem prendido e humilhado palestinos ao longo das últimas décadas e as pessoas que ousam criticar e defender os direitos do povo palestino são, muitas vezes, vítimas da perversa e desonesta acusação de antissemitismo e defesa do terror. O povo palestino faz, ao longo da história, várias tentativas de mobilização pacífica para lidar com o confronto colonial.”
Segundo o professor de Relações Internacionais, o mundo naturalizou o crime de apartheid em Israel, onde existem leis diferentes para judeus e não-judeus.
"A importância deste debate para Sergipe é a lição de esperança da Palestina. Em meio à catástrofe, há esperança. E a esperança do povo palestino é inscrever a catástrofe do seu povo na história. A catástrofe do povo palestino vem sendo silenciada", criticou o professor Geraldo.