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Emprego na pós-pandemia e Dia de Luta Contra PEC 32 são destaques na Plenária da CUT

16ª Plenária Nacional da CUT organizou o debate sindical e traçou estratégias de luta para vencer as dificuldades do cenário político de desmonte do serviço público e dos direitos dos trabalhadores do Brasil

Publicado: 26 Outubro, 2021 - 13h29 | Última modificação: 26 Outubro, 2021 - 15h19

Escrito por: Iracema Corso

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Nove lideranças sindicais de Sergipe participaram da 16ª Plenária Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que reuniu em plataforma online quase mil sindicalistas de todo o Brasil, em importantes mesas temáticas e debates políticos, no período de 21 a 24 de outubro.

Presidente da CUT Sergipe e delegado, Roberto Silva participou do debate junto à dirigente da CUT Nacional e presidenta do SINTESE Ivonete Cruz. “Frente à luta acirrada para derrotar a PEC 32, a Plenária Nacional da CUT aprovou o dia 28 de outubro, o Dia do servidor público, como Dia Nacional de Luta Contra a PEC 32. Será uma data marcada por manifestações. Aqui em Sergipe, o protesto será no dia 27 de outubro, esta quarta-feira, e na quinta tem manifestação do Sindsemp (Sindicato dos Servidores do Ministério Público)”, convidou Roberto Silva.

Para Roberto Silva, a construção da agenda de luta foi o ápice da Plenária Nacional. “A CUT reafirmou a necessidade de organização dos trabalhadores terceirizados, quarteirizados e uberizados. Em Sergipe, desde o ano passado estamos filiando associações de trabalhadores informais, a exemplo das associações de pescadores, marisqueiras, trabalhadores da agricultura rural e associação de artesãos. Diante da situação que a população brasileira está enfrentando, vamos construir até o ano 2022 a Greve Geral contra o Desmonte dos Direitos do Povo Brasileiro e da Classe trabalhadora”, reforçou Roberto Silva.

Dirigente Nacional da CUT, a professora Ângela Melo participou da coordenação da Plenária Nacional da CUT e destacou a construção coletiva da Carta dos Servidores Públicos nas três esferas de Poder que será disseminada entre trabalhadores e trabalhadoras para fortalecer a luta contra a PEC 32, entre outros pontos importantes debatidos na Plenária.

“São muitos os trabalhadores que não tem a proteção social do trabalho, que estão na informalidade, na precariedade do trabalho como os uberizados. Neste momento de pós pandemia, milhares foram desempregados. A reparação que o governo federal deve fazer com as vitimas da Covid 19 é outro ponto importante. Mais de 600 mil vidas foram perdidas por uma política de morte genocida do governo Bolsonaro. E nós temos 21 milhões de pessoas que foram acometidas pela Covid, muitas delas estão sequeladas e isso deve ser registrado como doença ocupacional adquiridas no ambiente de trabalho ou no seu entorno”, observou a professora Ângela.

Segundo Ângela Melo, outro debate urgente é a defesa da democracia no Brasil. “A classe trabalhadora almeja construir coletivamente um projeto de nação democrática e popular que contemple exatamente os anseios da classe trabalhadora. Nós precisamos voltar ao estado democrático de direito e a classe trabalhadora tem um papel fundamental nas eleições de 2022”, declarou .

As palavras do ex-presidente e fundador da CUT, Luiz Inácio Lula da Silva (Lula: Sindicatos precisarão mudar sua forma de atuação no pós-pandemia) e da ex-presidente Dilma Roussef (Brasil atingiu o mais fundo patamar de horror, afirma Dilma durante Plenária da CUT) trouxeram importantes reflexões sobre o Brasil do presente que tem vivenciado o bolsonarismo irracional, o neofascismo, neoliberalismo, a fome, o desemprego, o emprego sem carteira assinada, a exploração de diferentes categorias de trabalhadores recrutados através de aplicativos e sem nenhuma garantia trabalhista.

 

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