Escrito por: Iracema Corso
16ª Plenária Nacional da CUT organizou o debate sindical e traçou estratégias de luta para vencer as dificuldades do cenário político de desmonte do serviço público e dos direitos dos trabalhadores do Brasil
Nove lideranças sindicais de Sergipe participaram da 16ª Plenária Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que reuniu em plataforma online quase mil sindicalistas de todo o Brasil, em importantes mesas temáticas e debates políticos, no período de 21 a 24 de outubro.
Presidente da CUT Sergipe e delegado, Roberto Silva participou do debate junto à dirigente da CUT Nacional e presidenta do SINTESE Ivonete Cruz. “Frente à luta acirrada para derrotar a PEC 32, a Plenária Nacional da CUT aprovou o dia 28 de outubro, o Dia do servidor público, como Dia Nacional de Luta Contra a PEC 32. Será uma data marcada por manifestações. Aqui em Sergipe, o protesto será no dia 27 de outubro, esta quarta-feira, e na quinta tem manifestação do Sindsemp (Sindicato dos Servidores do Ministério Público)”, convidou Roberto Silva.
Para Roberto Silva, a construção da agenda de luta foi o ápice da Plenária Nacional. “A CUT reafirmou a necessidade de organização dos trabalhadores terceirizados, quarteirizados e uberizados. Em Sergipe, desde o ano passado estamos filiando associações de trabalhadores informais, a exemplo das associações de pescadores, marisqueiras, trabalhadores da agricultura rural e associação de artesãos. Diante da situação que a população brasileira está enfrentando, vamos construir até o ano 2022 a Greve Geral contra o Desmonte dos Direitos do Povo Brasileiro e da Classe trabalhadora”, reforçou Roberto Silva.
Dirigente Nacional da CUT, a professora Ângela Melo participou da coordenação da Plenária Nacional da CUT e destacou a construção coletiva da Carta dos Servidores Públicos nas três esferas de Poder que será disseminada entre trabalhadores e trabalhadoras para fortalecer a luta contra a PEC 32, entre outros pontos importantes debatidos na Plenária.
“São muitos os trabalhadores que não tem a proteção social do trabalho, que estão na informalidade, na precariedade do trabalho como os uberizados. Neste momento de pós pandemia, milhares foram desempregados. A reparação que o governo federal deve fazer com as vitimas da Covid 19 é outro ponto importante. Mais de 600 mil vidas foram perdidas por uma política de morte genocida do governo Bolsonaro. E nós temos 21 milhões de pessoas que foram acometidas pela Covid, muitas delas estão sequeladas e isso deve ser registrado como doença ocupacional adquiridas no ambiente de trabalho ou no seu entorno”, observou a professora Ângela.
Segundo Ângela Melo, outro debate urgente é a defesa da democracia no Brasil. “A classe trabalhadora almeja construir coletivamente um projeto de nação democrática e popular que contemple exatamente os anseios da classe trabalhadora. Nós precisamos voltar ao estado democrático de direito e a classe trabalhadora tem um papel fundamental nas eleições de 2022”, declarou .
As palavras do ex-presidente e fundador da CUT, Luiz Inácio Lula da Silva (Lula: Sindicatos precisarão mudar sua forma de atuação no pós-pandemia) e da ex-presidente Dilma Roussef (Brasil atingiu o mais fundo patamar de horror, afirma Dilma durante Plenária da CUT) trouxeram importantes reflexões sobre o Brasil do presente que tem vivenciado o bolsonarismo irracional, o neofascismo, neoliberalismo, a fome, o desemprego, o emprego sem carteira assinada, a exploração de diferentes categorias de trabalhadores recrutados através de aplicativos e sem nenhuma garantia trabalhista.
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