Escrito por: Iracema Corso
Mulheres trabalhadoras participaram de um dia inteiro de debates para organizar os passos seguintes da luta feminista
Uma oportunidade de fortalecimento dos laços de união entre as mulheres trabalhadoras e dirigentes sindicais, o Encontro Estadual de Mulheres CUTistas foi realizado na última sexta-feira, dia 2 de junho, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT/Sergipe) em Aracaju.
Professoras, trabalhadoras domésticas, trabalhadoras rurais, educadoras sociais, psicólogas, agentes de saúde e combate a endemias, pescadoras e marisqueiras participaram de um dia inteiro de debates para organizar os passos seguintes da luta feminista.
A participação da mulher na política institucional foi a primeira temática debatida pela vereadora de Aracaju Ângela Melo, ex-presidenta do Sintese, membro da Direção Nacional da CUT e Rosângela Santana, ex-presidenta do Sindipema e da CUT/SE. As mulheres conversaram sobre as eleições, as limitações que obedecem à legislação eleitoral e as dificuldades que as impedem de exercerem mandatos políticos ocupando espaços de poder.
Para Cláudia Oliveira, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SE: "o encontro foi muito produtivo. Muitas são as pautas das mulheres trabalhadoras, dentre todas elas, priorizamos as mais urgentes, a ratificação da Convenção 190 da OIT e o nosso protocolo interno".
Sobre a Convenção 190, no dia 15 de junho, às 14hs haverá Audiência Pública na Câmara dos Deputados, em Brasília. A Convenção 190 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que combate as violências e o assédio no ambiente de trabalho foi aprovada em Genebra em 2019. Neste ano de 2023, há a expectativa de que ela seja ratificada para fortalecer o combate a qualquer tipo de violência contra as mulheres.
No Encontro também foi entregue o protocolo interno da CUT para que todas as mulheres presentes pudessem ler, reler e divulgar.
"O protocolo interno da CUT é um compromisso que todas nós assumimos no combate à violência. O primeiro passo foi dado, cabe a nós, mulheres, divulgar e exigir o seu cumprimento. É importante conhecer todo tipo de violência que muitas vezes nós, mulheres, sofremos e a sociedade não reage, e não recohece como violência, naturalizando certos comportamentos. Esses foram os primeiros passos para juntas mudar a vida de todas as mulheres: a ratificação da Convenção 190; e a participação das mulheres nos espaços de poder. Para isso, precisamos conhecer e agir coletivamente", acrescentou Cláudia Oliveira.
Participaram do evento, dirigentes de diversos sindicatos e associações como: SINDSEF (Sindicato de Servidores Públicos Municipais de São Francisco), Associação de Pescadores e Pescadoras do Serrão – Ilha das Flores, APESB (Associação de Pescadoras e Pescadores do Betume), SINTESE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Oficial do Estado de Sergipe), SINDOMÉSTICA (Sindicato de Trabalhadores Domésticos de Sergipe), SINDIPEMA (Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju), SACEMA (Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Combate a Endemias de Aracaju), SINTS (Sindicato dos Educadores Sociais), Mulheres do PT, SINPSI (Sindicato das Psicólogas e Psicólogos de Sergipe) e STTR- Poço Verde (Sindicato de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais de Poço Verde).