Fora Bolsonaro ecoa no Terminal do DIA em Aracaju
Publicado: 14 Janeiro, 2021 - 14h05 | Última modificação: 14 Janeiro, 2021 - 14h12
Escrito por: Iracema Corso
No dia 13 de janeiro, quarta-feira, através de um ato no Terminal do DIA, o PT de Sergipe lançou o Comitê Fora Bolsonaro em Aracaju. Dirigentes da Central Única dos Trabalhadores participaram da construção do protesto pelo Fora Bolsonaro que também aconteceu nas cidades de Salvador/Bahia e Belo Horizonte/Minas Gerais.
Presidente da CUT Sergipe, o professor Roberto Silva denunciou a situação difícil que estamos enfrentando no Brasil com o reajuste do salário mínimo abaixo da inflação e o total descaso para lidar com a pandemia internacional da Covid-19. No Brasil já são mais de 200 mil mortos por Covid e, enquanto o mundo inteiro já está se vacinando, aqui não temos data marcada nem previsão...
“O governo Bolsonaro é genocida. Os trabalhadores de outros países estão sendo vacinados. Aqui as pessoas não conseguem trabalhar ou estão sendo infectadas pelo Coronavírus e o Governo Bolsonaro não faz nada para proteger as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros. Por isso, a campanha do Fora Bolsonaro acontece em vários estados”, explicou o professor Roberto Silva.
Diante da pandemia, a desigualdade que assola o País cresceu de forma assustadora. A queda de cinco pontos no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um indicativo de como a população brasileira está sendo penalizada por este governo.
“Bolsonaro faz um governo para os ricos, e não se importa com os trabalhadores. Vivemos uma situação absurda neste país, com redução de salário dos trabalhadores. Os patrões ganham dinheiro como nunca. Na pandemia, o Governo deu incentivos fiscais para os ricos, mas a população pobre está sofrendo e morrendo contaminada, desempregada e muitos estão passando por necessidade”, resumiu Roberto.
No terminal do DIA, durante o Ato do Fora Bolsonaro, a senhora Josefa Bispo, 65 anos, trabalhadora do lar, contou que já trabalhou na enxada e hoje procura emprego. Mesmo sendo idosa não conseguiu se aposentar. Ela se apoia na fé religiosa, pois com este Governo não vê perspectiva nenhuma da situação melhorar.
“Bolsonaro deu a uns e a outros não deu nada. O prefeito é mandando IPTU para as casas e o povo sem dinheiro e sem emprego. Nós não temos nada não. Nós temos é Deus, só temos Jesus. O que nos deram para proteger da Covid? Só essas ‘fucinheiras’, esse saco de pano na boca e no nariz”, protestou dona Josefa apontando para a máscara.
No Ato Fora Bolsonaro, os dirigentes sindicais e militantes colaram adesivos e cartazes no terminal, distribuíram panfletos para a população e dialogaram através do megafone. A maioria da população que transitava pelo terminal, exposta à Covid-19, sem perspectiva de vacina, manifestou apoio ao Ato do Fora Bolsonaro.
O panfleto distribuído no terminal lembrou à população que a campanha de Bolsonaro foi baseada em mentiras e abuso de poder econômico. O texto resgatou o golpe de 2016 que afastou a presidenta Dilma, bem como a prisão ilegal e injusta de Lula focada no objetivo de impedir sua candidatura à presidência.
O panfleto denunciou Bolsonaro como o responsável pelo desemprego que já atinge metade da população brasileira em condições de trabalhar, aumentando a fome e miséria. O panfleto citou os crimes de responsabilidade praticados por Bolsonaro que em apenas 2 anos de mandato já renderam diversos pedidos de impeachment, todos ignorados pela Câmara Federal.
Segundo o militante petista Tadeu, a população massacrada por Bolsonaro precisa sair da passividade e se unir à luta pelo Fora Bolsonaro.
“Sem derrubar os governos dos ricos, o povo trabalhador vai continuar só piorando de vida. Lançamos o comitê fora Bolsonaro no terminal do DIA. Outros atos e comitês virão. Convidamos a população para organizar a campanha Fora Bolsonaro nos seus bairros, locais de trabalho e estudo. Precisamos conversar com amigos e familiares que estão sofrendo com desemprego, o vírus e o governo assassino e a falta de dinheiro para comprar alimentos. Derrubar Bolsonaro é questão de vida ou morte”, afirmou Tadeu.