Greve Geral de 11 DE JULHO desencadeia manifestações em toda Aracaju
"Manifestação na Globo foi a resposta dos trabalhadores do campo, da cidade, da juventude que cobra a democratização da mídia e o fim da criminalização dos movimentos sociais", dirigente CUT/SE.
Publicado: 12 Julho, 2013 - 14h49
Escrito por: Iracema Corso

Dia de luta unificada das centrais sindicais e dos movimentos sociais, do campo e da cidade, o 11 de julho, quinta-feira, no Estado de Sergipe, foi marcado por protestos em toda a Aracaju, realizados desde as 8h da manhã até a noite, sendo concluído com a marcha e ato público em frente à TV Sergipe, a transmissora da TV Globo no Estado.
Pela manhã trabalhadores filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) e à CTB fecharam mais de 30 lojas do centro da cidade, dentre elas, Americanas, Riachuelo, C&A, dois mercados do Gbarbosa e um do Bompreço. Muitos dos trabalhadores comerciários se juntaram à multidão de manifestantes em marcha formando um bloco de mais de 100 pessoas.
Ao mesmo tempo, a central sindical Conlutas realizava uma manifestação política e cultural em frente à Petrobras. E o Movimento Não Pago e demais manifestantes que participaram do Acorda Aracaju construíram um ato em frente à Prefeitura Municipal de Aracaju, onde queimaram um boneco do atual prefeito João Alves, e na sequência fecharam a Avenida Tancredo Neves reivindicando transporte público de qualidade e revogação do preço da passagem de ônibus.
À tarde todos os movimentos sociais de Aracaju, Canindé do São Francisco, Nossa Senhora da Glória, Porto da Folha, São Cristóvão, Estância, o Quilombo de Brejão dos Negros, entre outros, concentraram-se na Pça Fausto Cardoso, de onde saíram em marcha pelas ruas da cidade.
MANIFESTAÇÃO EM FRENTE À GLOBO
Mesmo com muitos militantes cansados do dia inteiro de luta, após a conclusão do percurso, o Movimento de Luta por Moradia (MOTU), o MST, o Levante Popular da Juventude e sindicalistas da CUT/SE marcharam até a retransmissora da Rede Globo em Sergipe para protestar contra a criminalização dos movimentos sociais e sindicais e na luta pela democratização dos meios de comunicação.
O professor Roberto Silva, vice-presidente da CUT/SE, frisou a unidade dos movimentos sociais nesta luta pela democratização da comunicação, que unifica a todos. Assim como membros de outros movimentos sociais, ele comemorou o saldo positivo do dia de luta e mobilização.
“A marcha e fechamento das lojas pela manhã no Centro da cidade foi muito importante, pois o comércio é uma das principais atividades da economia sergipana. A manifestação da Globo foi a resposta dos trabalhadores do campo e da cidade, de estudantes e da juventude que cobram a democratização da mídia para o fim da criminalização dos movimentos sociais; para que pautas sociais como moradia e reforma agrária não sejam secundarizadas e nem diluídas por uma abordagem conservadora. Precisamos de uma resposta do governo em torno desta pauta da democratização da mídia”.
O dirigente da CUT/SE apontou que as manifestações realizadas em várias cidades do Brasil em emissoras da Globo foi um fato que não ganhou a devida visibilidade midiática. “Arnaldo Jabor, Alexandre Garcia, a direita e seus representantes ficaram incomodados com a unidade dos trabalhadores e dos movimentos sociais, e tentaram minimizar a importância desta manifestação. Então esta precisa ser a primeira de muitas greves gerais que teremos que fazer para sermos a ser ouvidos nas nossas pautas e avançarmos nas conquistas”, avaliou.