Hospital de Amor precisa atender doentes de câncer que não podem pagar particular
Publicado: 01 Março, 2024 - 12h25
Escrito por: CUT Sergipe
A Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) enviou ofício ao Ministério Público Federal solicitando a devida apuração a respeito da denúncia de que o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, criou dificuldades para o funcionamento do Hospital de Amor, construído em Lagarto para atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aos enfermos com câncer.
A CUT Sergipe destaca que a classe trabalhadora e a população mais pobre de Sergipe são diretamente prejudicadas porque não podem pagar por planos de saúde particulares nem viajar para São Paulo e fazer tratamento para o câncer no Hospital Sírio Libanês.
Conforme a denúncia feita pelo empresário Henrique Prata, o Governo de Sergipe não concedeu chancela no credenciamento 100% SUS do Hospital de Amor, sob a alegação de que pretende, em 2026, inaugurar um Hospital do Câncer em Sergipe.
Segundo Henrique Prata, foi o presidente Lula quem sugeriu a solução de transformar o Hospital de Amor de Lagarto em uma unidade interestadual para prestar assistência à saúde de pacientes de todo o Nordeste, mas mesmo assim ainda seria necessário um ente público para conceder a chancela do credenciamento 100% SUS, o que já vem sendo negociado com a Prefeitura de Lagarto, conforme divulgado no site Destaque Notícias.
Secretária de Saúde do Trabalhador da CUT/SE, Maria do Carmo, ressaltou a gravidade desta denúncia que precisa ser apurada.
“Como é que um doente necessitando de tratamento agora vai esperar 2 ou 3 anos? Isso é uma falta de consciência sem tamanho. Indiferença com a dor de várias famílias sergipanas, porque quem tem câncer sofre muito e a família toda sofre junto. É inadmissível que o Governo Mitidieri seja tão insensível e desumano por menosprezar a vida de tantas trabalhadoras e trabalhadores que não tem condições de procurar um hospital caro pra se tratar de câncer”, declarou Maria do Carmo.
Apesar do Governo de Sergipe ter divulgado Nota Pública negando o ocorrido, a CUT reforça que o assunto é muito grave e precisa ser apurado. É preciso impedir que a população sem condições de pagar o tratamento contra o câncer nos hospitais de iniciativa privada continuem morrendo sem assistência médica porque não têm como esperar pelos próximos 2 anos.