Escrito por: CUT Sergipe
Sobre a cobertura jornalística do 1º de maio em Sergipe, a CUT/SE lamenta a declaração feita pelo apresentador da TV Atalaia, Sérgio Cursino, defendendo que o trabalhador insatisfeito deve sair do emprego ao invés de reivindicar junto ao sindicato pelos seus direitos. Pois é a insatisfação o que mobiliza sindicatos a lutarem pelos direitos dos trabalhadores.
A democracia foi a porta de entrada da classe trabalhadora para ter acesso à política, votando e sendo votado ou se organizando em partidos políticos para a disputa de poder.
O direito à livre organização em sindicatos foi outra conquista democrática fundamental para o fortalecimento da classe trabalhadora em busca de mais direitos.
Assim como é histórica a luta do 1º de maio na conquista de direitos trabalhistas importantes, como o direito às férias, à previdência, à estabilidade no emprego, a uma jornada de trabalho, à licença maternidade, ao FGTS, ao salário mínimo, à aposentadoria, entre outros; também é histórica a perseguição e a tentativa de criminalização das esquerdas e de criminalização da atividade sindical.
Mesmo depois de tantas conquistas que beneficiaram toda a classe trabalhadora, ainda existem setores da sociedade que não respeitam o trabalho combativo dos sindicatos em defesa dos direitos de quem trabalha. É preciso que se acabe o preconceito contra os sindicatos que têm importância fundamental para a democracia, assim como a imprensa também tem.
Dito isso, a CUT/SE afirma que a cobertura jornalística do 1º de maio em Sergipe foi muito importante para a luta dos trabalhadores do campo e da cidade.
Na TV Sergipe, teve chamada logo cedo junto ao repórter Cleverton Macedo explicando a localização do protesto e convidando toda a população para participar do ato do 1º de maio, da mesma forma como o fez a Fan FM com a repórter Magna Santana. Depois a jornalista Jessika Cruz, da TV Atalaia, também divulgou a pauta dos trabalhadores no 1º de maio e deu voz ao presidente da CUT/SE, Roberto Silva, e à vice-presidente, Caroline Santos, além do presidente da UGT Ronildo Almeida.
No jornal de meio dia da TV Sergipe, foi exibida uma reportagem muito informativa do jornalista Anderson Barbosa, com 4 minutos de duração! A matéria deu voz e visibilidade ao mestre Zulu, do grupo de capoeira Netos de Angola; registrou a mística do MST; entrevistou a vice-presidenta do SINTESE, Leila Moraes, que falou sobre a luta das mulheres trabalhadoras. Ainda teve entrevista com o trabalhador rural Jucimar Souza e com a coordenadora do MTST, Maria das Graças Santos.
E na conclusão da matéria, o jornalista Anderson Barbosa deu voz ao presidente da CUT/SE Roberto Silva que criticou a exploração dos trabalhadores por aplicativos, falou sobre o direito à aposentadoria e sobre o fim da escala 6x1.
Por isso é importante ressaltar que no protesto do dia 1º de maio, quando a insatisfação da classe trabalhadora de Sergipe ocupou as ruas do Bairro Santa Maria para lutar por mais direitos, sem anistia para os golpistas e sem carestia, a cobertura jornalística da imprensa sergipana foi fundamental para repercutir a toda a sociedade a pauta da classe trabalhadora.