Escrito por: Iracema Corso
Servidores públicos estaduais de Sergipe começaram a semana com luta na porta do Palácio dos Despachos, na manhã desta segunda-feira, dia 20 de setembro. A manifestação reuniu várias categorias em protesto contra o arrocho salarial de 8 anos, para revogar o desconto de 14% na aposentadoria, contra a renúncia fiscal e a sonegação.
Já como resultado da luta unificada dos servidores públicos de Sergipe, o governador Belivaldo Chagas publicou o decreto Nº 40.993, de 16 de setembro de 2021, que institui a Mesa de Negociação Permanente – MNP.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), Roberto Silva, afirmou: “a retomada da mesa de negociação é muito importante e esperamos que esta mesa não seja para ganhar tempo, para a enrolação, para o Governo ficar meses e meses discutindo sem avançar. Esperamos que seja uma mesa efetiva, que funcione e os servidores tenham a pauta de luta assegurada pelo governo”, avaliou.
Segundo Roberto Silva, o protesto revela a unidade dos servidores nesta luta. “Com 8 anos de salário congelado, mais a perda de 51% do poder de compra e, ainda, no caso dos aposentados, a redução de seus salários em 14% todos os meses, tudo isso compõe um cenário insuportável para os servidores. Nossa luta é por revisão salarial já e pelo fim do desconto de 14%, também queremos denunciar à sociedade sergipana o ataque que o servidor público estadual enfrenta”, explicou Roberto Silva.
O presidente da CUT Sergipe citou o estudo do Dieese informando que há um crescimento na receita do governo de Sergipe que beira os 25%. “Não há nenhum tipo de impedimento fiscal nem financeiro para o Governo de Sergipe adotar uma política de reparo às perdas e de valorização do servidor. No governo Albano Franco sofremos por desvalorização, mas estes últimos dois governos Jackson e Belivaldo Chagas estão conseguindo superar todos os antecessores impondo o mais longo congelamento salarial da história do serviço público em Sergipe”, criticou Roberto Silva.
O protesto contou com a presença de várias professoras aposentadas, militantes do SINTESE, das centrais sindicais CUT, CTB e Conlutas, da FETAM, do SINDISAN, SINDIJOR, SINDIFISCO, SINTER, SEESE, SEEB, SINTRASE, SINTASA, SINPOL, ASSINGE, Sindserv Poço Verde e Sindiserve Glória. Em breve os sindicatos devem se reunir para avaliar a manifestação e decidir os próximos passos da luta.