Bloqueio de R$ 2,4 bi da verba da educação leva milhares de jovens de Sergipe a protestar contra o governo federal nas ruas de Aracaju
“Tira a mão da verba da educação”, cantou a juventude de Sergipe que estuda e batalha para ter uma profissão. Essa juventude consciente de seu direito a uma educação pública de qualidade ocupou as ruas do Centro de Aracaju na terça-feira, dia 18 de outubro, para protestar contra o Governo Bolsonaro que bloqueou R$ 2,4 bilhões do Ministério da Educação (MEC) atingindo em cheio a educação pública, as universidades e institutos federais do Brasil.
“Nas ruas, nas praças, quem disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil! Unificou, unificou! É estudante junto com trabalhador”, cantaram os estudantes e demais manifestantes numa caminhada que saiu da Praça General Valadão até a Praça da Bandeira.
O professor Roberto Silva, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), conversou com a população do Centro no início do ato. “Estamos juntos e estamos nas ruas: estudantes, professores e trabalhadores neste grande ato nacional contra a política de desinvestimento na educação pública federal. Por mais investimento na educação, a luta continua!”
A professora Ivônia Ferreira, vice-presidenta do SINTESE, afirmou que o silêncio não pode ser a resposta diante dos ataques do governo Bolsonaro contra a educação pública federal. “Hoje é um dia de luta, é um dia de resistência, é o dia da juventude se unir contra este governo que investe na desinformação, acaba com a educação pública no Brasil, por isso é preciso reagir de manhã, pela tarde e à noite. Se a juventude se unir, Bolsonaro vai cair”, declarou a professora Ivônia Ferreira.
A professora Ivonete Cruz representou a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) durante o protesto. “Hoje, 18 de outubro, é o Dia da Juventude! Parabéns à Juventude que faz história ocupando a Praça! A CNTE e os trabalhadores da educação estão aqui neste dia para se juntar com os estudantes e protestar contra o retrocesso do desinvestimento na educação pública federal”, enfatizou.
A professora Ângela Melo, vereadora de Aracaju e membro da direção nacional da CUT, reforçou a importância desta luta em defesa da educação. “Hoje é o dia em que a juventude trouxe a luta em defesa da educação para as ruas. É uma pauta geracional que uniu jovens de Sergipe, de todas as idades. Hoje a lição é nas ruas e o Brasil tem muito a aprender com esta juventude que luta”, afirmou Ângela.
A política de incentivo à educação é mais que necessária, segundo Raimundo Teles, dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP). “Incentivar a educação é destinar os royalities do petróleo, é construir universidades, institutos técnicos federais, programas de incentivo como o Prouni, é valorizar o magistério, é pagar o Plano de Carreira dos professores. O Brasil precisa muito da educação pública, por isso esta é uma luta de todos nós”, afirmou Raimundo da FUP.
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