Movimento Fora Bolsonaro e Eleições Diretas Já ganham força no Brasil
Publicado: 02 Junho, 2020 - 20h16 | Última modificação: 02 Junho, 2020 - 20h22
Escrito por: Iracema Corso

A insatisfação da esmagadora maioria da população brasileira se organizou em uma agenda de luta elaborada na Plenária Fora Bolsonaro, no dia 27 de maio, última quarta-feira. Em defesa da democracia, atos realizados em cinco Estados brasileiros iniciaram no último domingo (31/5) uma onda de protestos que está só começando.
Contra bandeiras neofascistas, as manifestações em defesa da democracia no Brasil aconteceram em Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo e no Rio de Janeiro havendo confrontos com apoiadores de Bolsonaro nos últimos dois estados citados. O objetivo do dia de luta em defesa da democracia foi barrar a pauta fascista e antidemocrática.
Segundo o dirigente da CUT/SE, Jairo de Jesus, os protestos iniciam uma agenda de luta construída na última quarta-feira (27/5), na Plenária virtual Fora Bolsonaro, da qual ele participou e que também contou com a presença de militantes sociais e dirigentes sindicais de todo o Brasil.
“Esta foi uma plenária significativa por concluir e encaminhar uma comissão nacional suprapartidária com partidos, movimentos sociais e sindicatos, uma frente ampla para lutar politicamente contra o bolsonarismo. A plenária também cumpriu a importante tarefa de definir uma agenda de luta em defesa do distanciamento social e da democracia”, destacou Jairo de Jesus.
Convocada pela Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo, a Plenária Fora Bolsonaro reuniu mais de 280 participantes representando 102 organizações e movimentos populares.
Na Agenda de Luta definida durante a Plenária Fora Bolsonaro ficou definida programação para as datas:
5 de junho - Dia Nacional de Agitação e Propaganda, dia focado na comunicação popular para dialogar com a sociedade;
13 de junho - Ato Nacional Fora Bolsonaro: ato virtual envolvendo personalidades, artistas, intelectuais, representações políticas, e transmitido em todos os meios de comunicação.
Eleições Diretas já
Com mais de 30 mil mortes por Covid-19 e a contaminação crescente em todos os estados, boa parte do País retoma, nesta semana, atividades econômicas a exemplo do que ocorre em São Paulo. Diante da falta de uma política efetiva para salvar a vida dos brasileiros e para combater a onda fascista que se manifesta impunemente ameaçando a democracia, surgiu também neste fim de semana o Movimento 70% contra Bolsonaro.
O movimento ganhou até vários famosos como adeptos, foi um dos assuntos mais comentados no twitter e tem o objetivo de mostrar que os apoiadores de Bolsonaro são minoria no País.
O professor Roberto Silva, presidente da CUT/SE, ressaltou a necessidade de Eleições Diretas Já e avaliou que os últimos dias têm sido importantes para a organização da esquerda no País.
“Queremos Diretas já. Tivemos um processo eleitoral contaminado pela mentira e fake news. O governo Bolsonaro é ilegítimo, ganhou eleição através da mentira e da fake news. Isso é crime eleitoral. Alem disso, é um governo que não tem qualquer compromisso com os trabalhadores, adota uma política destrutiva, que afeta direitos sociais e trabalhistas, portanto: Fora Bolsonaro! Vamos lutar pela retomada da democracia legítima e contra qualquer golpe visando restituir a ditadura no Brasil”, afirmou o presidente da CUT/SE.
Foto: Brasil de Fato