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Movimento sindical e social apoiam as famílias desabrigadas da Ocupação Mangabeiras

Acampamento em frente à Prefeitura de Aracaju completa 13 dias sem resposta da gestão sobre a situação das 200 famílias que não têm para onde ir

Publicado: 16 Setembro, 2020 - 13h59 | Última modificação: 16 Setembro, 2020 - 14h36

Escrito por: Iracema Corso

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As 200 famílias da Ocupação das Mangabeiras estão há 13 dias acampadas na porta da Prefeitura Municipal de Aracaju. Em plena pandemia, idosos, crianças, mulheres e pais de família foram despejados pela PMA, no dia 3 de setembro. Essas 200 famílias foram impedidas de fazer o recadastramento para receber o auxílio moradia e não têm para onde ir.

Na manhã desta quarta-feira, dia 16/9, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), o professor Roberto Silva e o professor Marcelo da CSP Conlutas protocolaram um ofício na Prefeitura, assinado por todas as centrais sindicais (CSP Conlutas Sergipe; CUT Sergipe; CTB Sergipe; UGT Sergipe; Luta Popular Sergipe; Movimento de Luta nos Bairros, Ruas e Favelas de Sergipe, MLB/SE) pedindo urgência para solucionar o problema dessas famílias.

No ofício protocolado hoje, as entidades do movimento social e sindical informam que a Defensoria Pública do Estado de Sergipe chegou a mover uma Ação Civil Pública para que o auxílio fosse garantido a todas as famílias expulsas da ocupação.

O ofício resgata que: “no dia 18 de agosto, as famílias haviam realizado uma atividade em frente à PMA, que recebeu a comissão e garantiu, num prazo de 15 dias, que elas poderiam retornar à sede para que a questão fosse avaliada e resolvida. Dentro do prazo, as famílias retornaram, mas não foram atendidas nem recebidas para negociação”.

Segundo o presidente da CUT/SE, Roberto Silva, os sindicatos de Sergipe devem se somar nesta luta de apoio  a esta famílias desabrigadas. “O movimento sindical presta seu apoio e solidariedade a estas famílias. Pedimos à Prefeitura de Aracaju que resolva com urgência este problema. O cenário de crianças, famílias desabrigadas durante a pandemia da Covid-19 foi criado pelo despejo. Não podemos minimizar esta situação de fome, risco e vulnerabilidade que 200 famílias estão enfrentando”, destacou Roberto Silva, da CUT/SE.

Segundo Roberto Silva, desde o início do acampamento em frente à PMA, há 13 dias, as famílias têm visto o início e encerramento do expediente sem nenhum tipo de movimentação por parte da Secretaria de Habitação e Previdência Social ou do prefeito Edvaldo Nogueira para que recebam a comissão de negociação e resolvam a situação. O dirigente sindical afirmou que os movimentos sindical e social vão continuar articulados para cobrar uma solução digna para essas famílias despejadas.