Escrito por: Iracema Corso
Acampamento em frente à Prefeitura de Aracaju completa 13 dias sem resposta da gestão sobre a situação das 200 famílias que não têm para onde ir
As 200 famílias da Ocupação das Mangabeiras estão há 13 dias acampadas na porta da Prefeitura Municipal de Aracaju. Em plena pandemia, idosos, crianças, mulheres e pais de família foram despejados pela PMA, no dia 3 de setembro. Essas 200 famílias foram impedidas de fazer o recadastramento para receber o auxílio moradia e não têm para onde ir.
Na manhã desta quarta-feira, dia 16/9, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), o professor Roberto Silva e o professor Marcelo da CSP Conlutas protocolaram um ofício na Prefeitura, assinado por todas as centrais sindicais (CSP Conlutas Sergipe; CUT Sergipe; CTB Sergipe; UGT Sergipe; Luta Popular Sergipe; Movimento de Luta nos Bairros, Ruas e Favelas de Sergipe, MLB/SE) pedindo urgência para solucionar o problema dessas famílias.
No ofício protocolado hoje, as entidades do movimento social e sindical informam que a Defensoria Pública do Estado de Sergipe chegou a mover uma Ação Civil Pública para que o auxílio fosse garantido a todas as famílias expulsas da ocupação.
O ofício resgata que: “no dia 18 de agosto, as famílias haviam realizado uma atividade em frente à PMA, que recebeu a comissão e garantiu, num prazo de 15 dias, que elas poderiam retornar à sede para que a questão fosse avaliada e resolvida. Dentro do prazo, as famílias retornaram, mas não foram atendidas nem recebidas para negociação”.
Segundo o presidente da CUT/SE, Roberto Silva, os sindicatos de Sergipe devem se somar nesta luta de apoio a esta famílias desabrigadas. “O movimento sindical presta seu apoio e solidariedade a estas famílias. Pedimos à Prefeitura de Aracaju que resolva com urgência este problema. O cenário de crianças, famílias desabrigadas durante a pandemia da Covid-19 foi criado pelo despejo. Não podemos minimizar esta situação de fome, risco e vulnerabilidade que 200 famílias estão enfrentando”, destacou Roberto Silva, da CUT/SE.
Segundo Roberto Silva, desde o início do acampamento em frente à PMA, há 13 dias, as famílias têm visto o início e encerramento do expediente sem nenhum tipo de movimentação por parte da Secretaria de Habitação e Previdência Social ou do prefeito Edvaldo Nogueira para que recebam a comissão de negociação e resolvam a situação. O dirigente sindical afirmou que os movimentos sindical e social vão continuar articulados para cobrar uma solução digna para essas famílias despejadas.